domingo, junho 02, 2019


Brincar ao ar livre 
E ainda falando das crianças, quando era miúda nunca me deixavam ir brincar para a rua, porque era uma rua com movimento, e raramente havia oportunidade para ir brincar para o parque ou na natureza, excepto nas férias grandes, se íamos para o campo. E os recreios da escola eram curtos. E acho que me fez falta brincar ao ar livre: quando finalmente ia ao parque ou a algum sítio ao ar livre, sentia-me presa e sem naturalidade e agilidade para trepar às árvores ou correr. Ao que um relatório recente, ao qual deram o nome Playtime Matters, me dá razão: analisando a vida das crianças de agora que são, se possível ainda mais protegidas do que eu fui (porque os outros putos lá da rua sempre tinham licença de ir brincar para rua, por exemplo) e poucas são as que têm oportunidade de subir às árvores, jogar à apanhada, ir andar de bicicleta, etc., o que é importante para o bem-estar das crianças. E nem no recreio da escola experimentam brincadeiras mais físicas por restrição quer dos professores quer dos pais, que não querem que o Pedrinho se magoe. E depois ainda há pais e professores que ainda se queixam que os miúdos passam muito tempo à frente da televisão (como era o meu caso em miúda) ou nos tablets e telefones. Qual é a alternativa?