Cortiçamania 

Ainda não consegui perceber, porque é que Portugal apanhou a mania da cortiça. Não digo que não seja um produto fixe – é bonito, impermeável, natural, talvez relativamente barato e tal, parte do nosso património – mas também tem limites: não é tão forte ao ponto de servir como revestimento para qualquer coisa, por exemplo chãos – ou bancos de transportes públicos. Também porque mancha facilmente e é difícil de limpar. Mesmo assim o Metropolitano de Lisboa há já uma carrada de tempo que tem carruagens com bancos revestidos de cortiça e vão gradualmente aumentar o número de carruagens com estes bancos. Dizem que duram mais do que o revestimento de tecido que têm agora, o que eu duvido. 

A iniciativa coincide com a escolha de Lisboa enquanto Capital Verde da União Europeia este ano e é claramente uma aposta “verde”, mas há boas, más e péssimas apostas.