terça-feira, janeiro 10, 2023

Cimento

Quando se ouve falar de catástrofes em que pontes e edifícios relativamente modernos se desmoronam, não posso deixar de pensar, como será possível que ainda haja estruturas feitas pelos romanos há tantos séculos atrás, que perduram relativamente intactas.
Por acaso li há dias sobre o trabalho de investigação de uma equipa de cientistas ligados ao Instituto de Tecnologia de Massachussets, à Universidade de Harvard em conjunto com laboratórios em Itália e na Suiça que têm andado a estudar isto mesmo: o segredo da durabilidade do cimento dos romanos da antiguidade. E o segredo é simplesmente o uso de cal viva, que ferve a temperaturas muito altas em contacto com a água e produz uma capacidade enorme de autoreparação espontânea do material, preenchendo eventuais fissuras imediatamente, evitando que as brechas se espalhem.
O próximo passo desencadeado por esta descoberta é produzir e comercializar este cimento modificado duradouro. Que sendo duradouro é ideal também se pensarmos na utilização racional de recursos.
(na foto de Victor Fraile: um aqueduto romano em Segóvia, em Espanha)