sexta-feira, junho 07, 2024

Outra vez o plástico

Graças a mais uma desgraçada directiva europeia, agora as tampinhas vêm agarradas às garrafas de plástico com menos de 3 litros (ou seja: quase todas!). E, pelo menos na Dinamarca, não só à garrafa de uso único, como era suposto, como as garrafas que se entregam nas lojas a troco de dinheiro e que como tal raramente vão parar à natureza, e as embalagens de leite etc. E é uma chatice; abri-las é fácil, mas tentar beber com aquilo ali pendurado mesmo à frente do nariz é incómodo e voltar a fechá-las também tem que se lhe diga, o que já foi problematizado até no Wall Street Journal.
Dizem que esta imposição é para reduzir a poluição plástica no ambiente, tentando assegurar que as tampinhas em vez de se “extraviar” sigam juntamente com as garrafas para o ecoponto amarelo (na gíria o plasticão) para seguirem para a reciclagem. Mas por essa ordem de ideias proibiam os cigarros, cujos filtros são a maior fonte de contaminação plástica no nosso planeta. E as tampas não se “extraviam”, isso é um eufemismo; tal como as beatas dos cigarros, são descartadas para o chão de propósito.
Tenho dito.