Ajuda e ajudinha
Se por um lado fico sensibilizada e quero sempre ajudar quem muito menos tem do que eu, por exemplo em África, por outro acredito mais naquele tipo de ajuda que mobiliza os locais a continuar a ajudar-se a si próprios, o que não caracteriza nada a ajuda (ou “ajudinha”) que lá temos praticado há já décadas: vai para lá uma organização não-governamental qualquer, começa um projecto qualquer, não ensina os locais as aptidões para o continuar e quando de lá saem depois de um tempo, o projecto cai por terra e só ajudou minimamente. Ou distribui-se comida, vacinas e medicamentos sem ajudar os locais a ficar auto-suficientes e a coisa também fica por ali.
Daí eu ter ficado contente com um cabeçalho que li há dias: muito se diz sobre as politiquice do Trump, mas numa coisa boa é capaz de dar mesmo assim: dizia “Depois dos cortes de Trump, África aposta em si própria para superar crises de saúde”, para este efeito pedindo mais investimentos na infraestrutura aos próprios países africanos.
Espero mesmo que consigam.