Balões
Era uma vez um baläo, ou vários, que deram cabo dos planos de aviação em Ponta Delgada, S. Miguel, nos Açores Sexta-feira passada: supostamente a Coriscolândia, uma creche local, pediu autorização à torre de controlo do aeroporto para lançar 300 balões biodegradáveis a 10 km. do aeroporto e supostamente a NAV não lhes pôs travo. Resultado: fecharam o espaço aéreo durante mais de uma hora a meio do dia, uma vez que balões, tal como aves em grande número, são um perigo para os motores dos aviões e vários vôos tiveram de ser desviados e um sofreu um atraso de uma hora. O director da creche ficou espantado com o impacto do lançamento dos balões, afirmando que já o fazem anualmente para assinalar o fim do ano lectivo sem quaisquer problemas há quase 20 anos. A NAV, por sua vez, diz que os alertou de que tal iniciativa punha em causa a segurança dos vôos e que o interlecutor representante da creche com quem falaram tinha dito que iriam avante na mesma. E a NAV já se queixou à PSP.
Várias coisas põem-me nervosa sobre este assunto:
- a NAV nunca se deu conta dos lançamentos anuais de balões nestes 20 anos?
- como é que os funcionários desta creche conseguem comunicar com as crianças e os pais de forma racional, se não percebem uma mensagem tão simples como “nem pensem!”
- E haverá um IQ mínimo para trabalhar numa creche? Pergunto porque mesmo sem saber nada sobre aviação, não me passaria pela cabeça lançar balões ou o que fosse voador nem a 10 nem a 20 km de um aeroporto...