quinta-feira, novembro 13, 2025

Decisões da crianç
ada

Quando eu era catraia quiseram-me obrigar a ir para a ginástica; não quis e acabaram por desistir. Anos mais tarde quis, mas não me deixaram, porque supostamente ia custar em cotas não pagas durante anos. Também nunca me foi dado a escolher a roupa que queria comprar ou usar.
Enfim, porque é que vim abordar isto? Porque o tema de hoje é se as crianças devem ou não aprender a escolher e decidir. Eu acho que é importante permiti-lo, na medida em que têm capacidade para isso; outras decisões competem aos adultos tomar. Por exemplo devia-se ensinar às crianças a escolher entre duas actividades extracurriculares a frequentar (aqui está!), dois amigos a convidar, sobre que tema escrever numa composição, que estojo comprar, enfim, escolhas que lhes dizem respeito. Com o devido apoio e orientação
, claro. E mesmo quando falham na escolha, aprendem e amadurecem, tornando-se indivíduos mais auto-confiantes, responsáveis e independentes. Já há decisões que competem aos adultos, porque as crianças não te¨m ainda a experiência de vida necessárias e como tal não são capazes de prever as consequências. Por exemplo ir para a escola com vestuário adequado à época, ou o petiz ainda acabava por ir de sandálias em pleno Inverno. O mesmo se aplica a deixar a criança todas as manhãs escolher o brinquedo que quer levar para a escola, independentemente do nível de azáfama nesse dia. Há que deixar prevalecer o bom-senso.