quinta-feira, janeiro 23, 2014

Os donos de cães 
A propósito de um episódio familiar recente hoje vou ter que me insurgir. Contra os irresponsáveis donos de cães. E não me refiro ao tema do costume: o cocó que não apanham (se bem que isso também desse pano para mangas). Todos os anos quando chegam as férias há pessoas que, não tendo como cuidar dos cães quando vão para fora – ou seja, lá ter têm, mas não estão é para pagar a estadia do bicho num canil durante 2 ou 3 semanas!..., suponho eu – pura e simplesmente os abandonam na rua. E os bichos andam por aí, passam fome, alguns são atropelados, imagino que um ou outro se vire contra um transiunte e vivem um resto de vida miserável, até morrerem de fome, de doença, ou serem apanhados e levados para o canil e abatidos, quando não há mais espaço nos canis da União Zoófila.
Pois há dias a minha irmã, que é um bocado ingénua mas no fundo tem bom coração e gosta de animais, num dia de trovoada tremenda encontrou um cão encharcado e assustado quando ia a sair do trabalho. Mais ninguém ligou e ela acabou por levar o bicho para casa, com a intenção de o levar para um canil. Entretanto no canil não havia mais lugar. Encaminharam-na para a União Zoófila, onde a situação era a mesma e até tinham lista de espera enorme. E ela e o cão tiveram que voltar para casa com a cauda entre as pernas, o cão literalmente. A ver vamos como se resolverá a situação: ela já tem um cão e não tem lugar para outro.
Como é alguém consegue abandonar um animal que escolheu, educou, alimentou, viu crescer, praticamente um membro da família????? E se tem filhos como é que explica aos filhos quando regressam das férias o facto do seu animal de estimação ter desaparecido?
Da mesma maneira que qualquer inergúmeno impunemente pode ter filhos, qualquer idiota pode comprar um animal de estimação, eu sei; mas por mim todo o animal se registava e dono que o abandonasse seria penalizado e bem!
(foto: União Zoófila)