A propósito de um
episódio familiar recente hoje vou ter que me insurgir. Contra os
irresponsáveis donos de cães. E não me refiro ao tema do costume: o cocó que
não apanham (se bem que isso também desse pano para mangas). Todos os anos quando
chegam as férias há pessoas que, não tendo como cuidar dos cães quando vão para
fora – ou seja, lá ter têm, mas não estão é para pagar a estadia do bicho num
canil durante 2 ou 3 semanas!..., suponho eu – pura e simplesmente os abandonam
na rua. E os bichos andam por aí, passam fome, alguns são atropelados, imagino
que um ou outro se vire contra um transiunte e vivem um resto de vida
miserável, até morrerem de fome, de doença, ou serem apanhados e levados para o
canil e abatidos, quando não há mais espaço nos canis da União Zoófila.
Pois há dias a
minha irmã, que é um bocado ingénua mas no fundo tem bom coração e gosta de
animais, num dia de trovoada tremenda encontrou um cão encharcado e assustado
quando ia a sair do trabalho. Mais ninguém ligou e ela acabou por levar o bicho
para casa, com a intenção de o levar para um canil. Entretanto no canil não
havia mais lugar. Encaminharam-na para a União Zoófila, onde a situação era a
mesma e até tinham lista de espera enorme. E ela e o cão tiveram que voltar para
casa com a cauda entre as pernas, o cão literalmente. A ver vamos como se
resolverá a situação: ela já tem um cão e não tem lugar para outro.
Como é alguém
consegue abandonar um animal que escolheu, educou, alimentou, viu crescer,
praticamente um membro da família????? E se tem filhos como é que explica aos
filhos quando regressam das férias o facto do seu animal de estimação ter
desaparecido?
Da mesma maneira que qualquer inergúmeno impunemente pode ter filhos,
qualquer idiota pode comprar um animal de estimação, eu sei; mas por mim todo o
animal se registava e dono que o abandonasse seria penalizado e bem!(foto: União Zoófila)
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