As prioridades
Eu bem sei que nem um país relativamente rico como a Dinamarca tem recursos
intermináveis. Mas às vezes não percebo certas prioridades. Na semana passada
quase que me vieram as lágrimas aos olhos quando vi nas notícias, que Bodil
Vestergaard, uma reformada de 79 anos de idade com atestado médico de que tem
problemas nas costas e como tal não se pode dobrar, ia perder a ajuda que tem
para as limpezas de 15 em 15 dias; porque a autarquia tem que poupar e por
conseguinte de aqui em futuro só os cegos, os paralíticos, os dementes e
pessoas com famílias a viver muito longe é que poderão requerer este tipo de
ajuda.
Eu não acredito: está uma pessoa a pagar dos impostos mais elevados do
mundo toda a vida e é a isto que chegamos? E quem é que diz que filhos mesmo a
viver perto com trabalho e família e outros encargos têm disponibilidade?
Para mim a autarquia tem um dever para com esta idosa e outros na mesma
situação; mas pelo menos felizmente que a notícia desencadeou um rol de
propostas de ajuda voluntária de estranhos.
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