quinta-feira, agosto 29, 2019


As trotinetas
As trotinetas eléctricas, cuja presença se propagou como um enxame de gafanhotos,  tornaram-se uma autêntica praga, que tem causado imensos problemas pela Europa fora: caos no trânsito, são abandonadas por todo o lado, e quem anda pendurado nelas parece muitas vezes que deixou o cérebro em casa, porque em breve tempo até já houve vítimas mortais por causa de acidentes causados pela falta de cuidado, orientação e bebedeira. Em Milão foram retiradas das ruas pelos mesmos motivos e só voltarão perante regras muito específicas de segurança. Mas por mim desapareceriam de vez, especialmente numa cidade como Copenhaga onde o ciclismo como transporte já é uma realidade há muito tempo para pelo menos um terço da população, uma alternativa sustentável que é positiva para o ambiente – enquanto que as trotinetas eléctricas, como o próprio nome indica, usam energia desnecessariamente – e a rede de metro acabou de ser expandida.
E aliás um estudo estudo recentemente publicado mostra que as trotinetas eléctricas estão muito longe de ter um impacto ambiental positivo. Pelo contrário: o fabrico, os materiais usados e a logística necessária para recolher os veículos e carregar as baterias (o que também requer energia das carrinhas que as recolhem para o recarregamento e o recarregamento em si) e o curto tempo médio de (entre os 6 meses e os 2 anos, menos com o vandalismo que há, que faz com que tenham de ser substituídas regularmente) tornam-nas uma opção menos sustentável do que outras.