Netos únicos
Li há dias um artigo interessante em forma de carta, em que uma avó agradecia pelo empréstimo de um neto. De cada vez. O que parece ser uma excelente ideia: quando eu era miúda, desde que me lembro de ser gente, não tive avós, pelo menos não envolvidos na minha vida. Mas tinha os meus pais, e uma tia que nos levou a passear uma ou duas vezes durante a minha infância, o que dá para traçar o paralelo.
A ideia que a avó dava no artigo era passar 2 ou 3 dias com um neto só, prestando atenção só a esse, como se fosse neto único; dizia que os enriquecia a ambos de uma forma que não acontece quando vai para lá o maralhal todo de irmãos. Eu tinha três irmãos, todos mais novos do que eu, e as duas vezes que a minha tia nos levou de passeio, levou-nos a todos. E quando os meus pais nos levavam ao parque, por exemplo, também era sempre a todos em grupo. O que todas as vezes resultou em que a atenção toda fosse para os mais pequenos, claro. Ou seja, precisamente a mesma coisa que lá em casa, o que não fez dos passeios nada de especial em relação a estreitar laços. E acreditam que nunca, nem uma vez sequer, fiz nada sózinha com um ou ambos os meus pais? Ia sempre o maralhal atrás. Até em viagens de estudo lá da minha escola, em que os pais eram encorajados a participar para dar uma mão, da vez que foram (salvo erro ao Portugal dos Pequeninos em Coimbra) levaram os meus irmäos atrás.
Que mania.
Que pena.
Li há dias um artigo interessante em forma de carta, em que uma avó agradecia pelo empréstimo de um neto. De cada vez. O que parece ser uma excelente ideia: quando eu era miúda, desde que me lembro de ser gente, não tive avós, pelo menos não envolvidos na minha vida. Mas tinha os meus pais, e uma tia que nos levou a passear uma ou duas vezes durante a minha infância, o que dá para traçar o paralelo.
A ideia que a avó dava no artigo era passar 2 ou 3 dias com um neto só, prestando atenção só a esse, como se fosse neto único; dizia que os enriquecia a ambos de uma forma que não acontece quando vai para lá o maralhal todo de irmãos. Eu tinha três irmãos, todos mais novos do que eu, e as duas vezes que a minha tia nos levou de passeio, levou-nos a todos. E quando os meus pais nos levavam ao parque, por exemplo, também era sempre a todos em grupo. O que todas as vezes resultou em que a atenção toda fosse para os mais pequenos, claro. Ou seja, precisamente a mesma coisa que lá em casa, o que não fez dos passeios nada de especial em relação a estreitar laços. E acreditam que nunca, nem uma vez sequer, fiz nada sózinha com um ou ambos os meus pais? Ia sempre o maralhal atrás. Até em viagens de estudo lá da minha escola, em que os pais eram encorajados a participar para dar uma mão, da vez que foram (salvo erro ao Portugal dos Pequeninos em Coimbra) levaram os meus irmäos atrás.
Que mania.
Que pena.
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