domingo, julho 07, 2024

Viver juntos

Já aqui abordámos soluções para a falta de habitação de uns, normalmente mais novos, e solidão dos mais idosos através do aluguer de um quarto a outrem que precise, por exemplo um estudante. Podia chamar-se ter um inquilino ou um hóspede. Mas também já vi o termo “colega de casa” og “companheiro de casa”. Há imensos adultos mais idosos já com os filhos criados e independentes, saidos do ninho, que se apanham sózinhos com espaço a mais lá em casa, quartos vazios. E para os que estão mais isolados, seria uma solução mutuamente benéfica alugar um quarto a quem dele precisa.
Não é um conceito novo: no século XIX era muito comum alugar quartos. Eram as pensões. E nos anos 70 haviam as comunas, que também eram residências intergeracionais.
Cynthia Holzapfel de 76 anos é um bom exemplo disto. Já partilhou a casa com muitos e com poucos: na década de 1970 residiu numa dita comuna, onde viviam vários casais e um monte de crianças na quinta e em que partilhavam tudo desde as tarefas domésticas às refeições. Hoje a quinta já não é uma comuna, mas quis continuar a ter companheiros de casa, alugando a cave a famílias. Já passaram por lá 7 de várias gerações. E com a escassez de habitação em conta perto das grandes cidades, não é difícil encontrar novos inquilinos. E para a comunidade é excelente poder atrair jovens e famílias do meio suburbano, que ficam mais perto dos empregos e escolas.
Claro que para funcionar exige acordos e regras muito claros, que as expectativas estejam muito bem definidas, de preferência por escrito, por exemplo no que diz respeito às áreas comuns, nível de barulho ou bagunça, etc. e pode ser indicado pedir referências, para não ser qualquer um mas haver uma escolha de inquilinos aprovados; e verificação de crédito.