A batata
Toda a gente
sabe que a batata vem originalmente da América do Sul, mais propiamente dos
Andes, um produto dos Descobrimentos. O que pouca a gente sabe é que antes de
se tornar tão popular como é, um ingrediente essencial em vários pratos por
toda a Europa, aliás por quase todo o mundo, e hoje amado por tantos, foi um alimento
menosprezado e segregado, pelo menos até ao século XVIII: este tubérculo pouco
exigente de mau aspecto chegou a ser associado à lepra, por ter pintinhas, e à “obra
do diabo”, por estar cheio de terra até ser lavado. Entretanto o povo passava
fome e tornou-se um meio fulcral para a sobrevivência dos mais pobres, que
estavam em risco de morrer de fome. Isto graças à propaganda lançada por Antoine-Augustin
Parmentier, um farmaceuta francês, que sobreviveu devido à batata enquanto foi
prisioneiro de guerra na Prússia e fez a apologia da batata junto à corte e a
comunidade cientista da época. O rei Louis XIV concedeu-lhe 22 hectares de terra
para cultivar e Parmentier, que não era parvo nenhum, plantou batata, que
guardava de dia mas deixava sem protecção de noite, nas expectativa que o povo
faminto lá lhe fosse roubar as batatas para plantar e para comer. E resultou.
Passou do prato do povo para o prato de reis e hoje é o que é.(foto dos ladrões de batata: Bridgeman Images)




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