Desculpas esfarrapadas
Quando eu era miúda e tinha medo de que me castigassem arranjava as desculpas mais esfoladas e incríveis do estilo: “ah não sei” ou “ah, não fui eu” e tal. Coisas de miúdos e uma pessoa cresce e aprende a assumir as coisas.

Ou melhor: algumas pessoas crescem e aprendem a assumir as coisas. Outras não. Li há dias sobre um tipo alemão dono de um pavão, que um dia destes ao ver-se ameaçado ou provocado pela sua própria imagem reflectida numa carrinha estacionada, pensando que era um pavão rival, atacou a carrinha e a deixou cheia de mossas e riscos. Só que a carrinha era de um vizinho, que levou o dono do tal pavão agressor a tribunal e exigiu uma indemnização. E o juíz achou por bem que a indemnização fosse no valor de €3.000. E a desculpa do dono do pavão para se tentar livrar: “ah e tal o meu pavão é muito mansinho e nunca sai do jardim, por isso deve ter sido outro pavão”... – sim, porque há para aí pavões ao pontapé, né?!... Duh!...

(foto: www.photosight.org)