Partida com estilo
Não sou fã de funerais. Custam-me muito emocionalmente, quer pela infinita tristeza e sentimento irrevogável de perda que envolvem, quer pela maneira como de repente toda a gente só se lembra que o defunto em todos os sentidos era uma excelente pessoa, nem sempre delineando a melhor ou mais exacta imagem da pessoa.
Ao menos no Ghana tentam mostrar quem o defunto era até através do caixão. Que não é só uma caixa rectangular mas uma autêntica obra de arte mas pode assumir qualquer forma consoante a história da pessoa: um automóvel desportivo para o maluquinho dos automóveis, um peixe ou uma lagosta para o pescador, uma galinha para a dona do aviário, uma saca de arroz para o vendedor de arroz, uma chave de fendas para o electricista, uma garrafa de Coca Cola para quem dela sempre esteve dependente em vida, etc., etc., etc. Só a fantasia é que impõe limites. E festeja-se a vida do defunto (em vez de se lamentar a sua partida) durante dias e dias e por vezes com a participação de milhares de pessoas nos festejos.
Chamo a isto uma partida com estilo ;-D