terça-feira, setembro 13, 2022

Educar

Educar os filhos é uma tarefa difícil e não há um guião à priori que uma pessoa possa seguir. Para além de que não há dois miúdos iguais e cada um requer ser tratado de maneira adequada a si. Ainda assim há princípios que se aplicam a todos. Há por exemplo coisas que deviam de ser proibidas de dizer a uma criança, porque influenciam a maneira como encaram o mundo e si próprias. Por exemplo: “tem cuidado, vê lá se te magoas” (porque só lhes abala a confiança em si próprias e as suas capacidades e as torna mais inseguras); ou “tu pões-me louco” (nenhuma criança é responsável pelo bem-estar emocional dos pais); ou “não faças x” (é melhor indicar o comportamento específico desejado, por exemplo “senta-te e espera um bocadinho”); ou “para de chorar, não é motivo para chorar” (mais vale confortar a criança do que invalidar a sua dôr); ou “eu bem te avisei” (nunca ajudou ninguém e é a maneira certa de fazer com que um filho deixe de fazer confidências em relação a situações difíceis de futuro); ou uma das mesmo terríveis “quando o teu pai chegar, vais ver!”
Todos erramos e não há ninguém perfeito. Mas pai que cai em si e nem sequer o admite para com o seu filho, nem tenta fazer melhor para a próxima, não está a fazer bem. Está apenas a nutrir a sua própria imagem como infalível.