sábado, março 15, 2025

Leis
Ser turista tem muito que se lhe diga e exige um enorme respeito pelo país que se visita e os seus costumes e leis. Há que estar atento e tentar preparar-se de antemão em relação ao que se pode fazer e ao que é estritamente proibido.
Por exemplo em Espanha não permitem que se façam “evacuações fisiológicas” na praia, incluindo o mar; ou seja: não se pode urinar nem defecar senão nas casas-de-banho. Uma infração pode levar coimas até aos 750€, o é carote por uma “evacuação fisiológica”.
Em Itália as proibições são imensas; em Veneza não se pode comer nem beber na rua fora dos cafés e restaurantes da Praça de S. Marcos. Também não é permitido alimentar os pombos nem as gaivotas e nadar nos canais, as bicicletas também não são permitidas e pedem por favor que os turistas não façam barulho a rolar as bagagens pelas pontes da cidade para não irritar os locais. Ainda em Veneza, na ilha de Eraclea, não deixam construir castelos de areia, que criam obstruções a quem frequenta a praia. Em Forença também restringem os sítios onde se pode comer e beber e a que horas. Na ilha de Capri, que sofre invasões enormes de turistas, multiplicando os que lá estão n vezes todos os dias, é compreensível que não gostem nada de calçado ruidoso como chinelas, tamancos e socas nas suas ruas calcetadas. Ainda no campo do calçado, no Parque Nacional de Cinque terre, onde tudo é íngreme, o calçado permuitido é fechado, com solas antiderrapantes e a cubrir o tornozelo. Na ilha da Sardenha – como agora em Portugal – de onde supostamente desaparecem 5 toneladas de “material orgâncio” por ano, é proibido recolher areia, seixos e conchas e tal. E como dizia o outro, “em Roma, sê romano”: vê os locais sentados na escadaria da Piazza di Spagna? Não, pois não? Então também não o faça. Deixar de cumprir as regras impostas localmente pode dar dores de carteira das centenas aso milhares de euros.
Na Grécia também têm regras de conduta em relação ao calçado: saltos altos pontiagudos não são bem-vindos nos monumentos, já que podem danificar os pavimentos antigos.
Dando um saltinho até Singapura, para os turistas na Ásia não se ficarem a rir, para além de não ser permitido mascar pastilha elástica e cuspir para o chão, nem pensem em não puxar o autoclismo depois de uma visita a uma casa-de-banho pública: a multa começa nos 100€ e vai acumulando mais 30€ por dia até alguém puxar o autoclismo para fazer desaparecer a matéria transgressora.
Passando pelo continente americano, no Uruguai em prol da saúde pública proibiram os condimentos com alto teor de sódio – ou seja: vive-se até aos cento e tal anos, mas a batatas fritas que não sabem a nada. E no Canadá é proibido pôr os pés em cima do mibiliário de exterior.
E voltando à Europa, na Alemanha, onde conduzir a alta velocidade na Autobahn é obrigatório, deixar o carro ir-se abaixo por causa de algo tão previsível como um depósito vazio, não é permitido. E ai de quem ultrapasse pela direita. E terminando de cú ao léu, nesse país do nudismo por excelência, quem for apanhado vestido e se recusar a despir-se pode ser expulso das zonas designadas para nudismo pelos salva-vidas ou agentes (também estes... nús...?).
Acho que hoje fico em casa 😊