Cuidado com
as notícias
De há uns tempos para cá que evito ver/ ler notícias todos os dias; e aconselho outros a fazer o mesmo: tirando uma ou outra excepção os noticiários e jornais não relatam senão desgraças, problemas, potenciais desgraças, imagens de sofrimento, estimativas exageradíssimas de tudo o que de mal se poderá passar; enfim, um negativismo selectivo e ímpar, que não faz nada bem à saúde e bem-estar mental. Tinha este pressentimento há muito tempo, e agora a ciência dá-me razão: pelo que li, só o ver cabeçalho negativo atrás de cabeçalho negativo sem se debruçar sobre os detalhes é suficicente para modificar o nosso cérebro de forma devastadora. A investigadora e professora catedrática de psicologia clínica, medicina e saúde pública da Universidade da California, Irvine, Roxane Cohen Silver descobriu depois dos ataques terroristas de 11/9 que até 3 anos depois de terem seguido notícias sobre os ataques terroristas, as pessoas que mais seguiram essas notícias apresentavam mais problemas físicos e mentais. Isto porque a exposição mediática altera a nossa reacção ao stress: o nosso organismo já de natureza está peparado para reagir a perigos em nome da sobrevivência. E cabeçalhos ameaçadores surtem o mesmo efeito, libertando cortisol e adrenalina, duas hormonas que nos preparam para reagir às ditas ameaças. E contínua exposição a cabeçalhos tais mantêm o sistema activo e alerta, em vez de deixar o corpo descansar, como seria o caso tendo cessado a situação de perigo eminente. E estando o sistema continuamente activo, desgasta e perturba a nossa forma de reagir ao stress, pode causar ruminações e preocupações desnecessárias, ansiedade, pesadelos, até insónias; já para não falar no sistema de recompensa do cérebro, fazendo com que aquelas coisas que normalmente apreciamos perdam o interesse. E o interesse vira-se para as catástrofes – uma pessoa começa a procurá-las na internet (ao que em inglês se chama "doomscrolling"), se não aparecerem primeiro assim que se acende o computador nas notícias de úiltima hora. Para alguns torna-se uma dependência, como qualquer outra droga.
Por isso cuidado. Evitem as imagens mais perturbantes e traumatisantes. Deixem o corpo e o cérebro descansar.
De há uns tempos para cá que evito ver/ ler notícias todos os dias; e aconselho outros a fazer o mesmo: tirando uma ou outra excepção os noticiários e jornais não relatam senão desgraças, problemas, potenciais desgraças, imagens de sofrimento, estimativas exageradíssimas de tudo o que de mal se poderá passar; enfim, um negativismo selectivo e ímpar, que não faz nada bem à saúde e bem-estar mental. Tinha este pressentimento há muito tempo, e agora a ciência dá-me razão: pelo que li, só o ver cabeçalho negativo atrás de cabeçalho negativo sem se debruçar sobre os detalhes é suficicente para modificar o nosso cérebro de forma devastadora. A investigadora e professora catedrática de psicologia clínica, medicina e saúde pública da Universidade da California, Irvine, Roxane Cohen Silver descobriu depois dos ataques terroristas de 11/9 que até 3 anos depois de terem seguido notícias sobre os ataques terroristas, as pessoas que mais seguiram essas notícias apresentavam mais problemas físicos e mentais. Isto porque a exposição mediática altera a nossa reacção ao stress: o nosso organismo já de natureza está peparado para reagir a perigos em nome da sobrevivência. E cabeçalhos ameaçadores surtem o mesmo efeito, libertando cortisol e adrenalina, duas hormonas que nos preparam para reagir às ditas ameaças. E contínua exposição a cabeçalhos tais mantêm o sistema activo e alerta, em vez de deixar o corpo descansar, como seria o caso tendo cessado a situação de perigo eminente. E estando o sistema continuamente activo, desgasta e perturba a nossa forma de reagir ao stress, pode causar ruminações e preocupações desnecessárias, ansiedade, pesadelos, até insónias; já para não falar no sistema de recompensa do cérebro, fazendo com que aquelas coisas que normalmente apreciamos perdam o interesse. E o interesse vira-se para as catástrofes – uma pessoa começa a procurá-las na internet (ao que em inglês se chama "doomscrolling"), se não aparecerem primeiro assim que se acende o computador nas notícias de úiltima hora. Para alguns torna-se uma dependência, como qualquer outra droga.
Por isso cuidado. Evitem as imagens mais perturbantes e traumatisantes. Deixem o corpo e o cérebro descansar.



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