As coisas que se perdem (29 de Junho de 2007)
Em certos aspectos sou daquelas pessoas neuróticas que nunca larga as coisas em sítios estranhos.
Vantagem: nunca perdi nada (a não ser um blog, mas esse não foi por o perder de vista…).
Desvantagem: uma certa dose de nervosismo até chegar a casa com as coisas intactas.
Isto enquanto que outras pessoas estão nas calmas e não levam muito a peito quando de vez em quando lá perdem mais um chapéu de chuva, mais um saco de desporto, mais um saco com a última compra, o passe etc. São das tais que as pessoas como eu descrevem como não perdendo a cabeça meramente porque está agarrada ao corpo. Mas parecem serenas e felizes da vida, para espanto e inveja minha.
Há coisas que é habitual serem perdidas – e achadas por outrém: carteiras, casacos, telemóveis, os já mencionados chapéus de chuva – e se as encontrares a conduta correcta é ir entregá-las à polícia; e há coisas que dão para estranhar bastante. Como há dias quando um homem entrou na estação de polícia local numa cidade de provincia dinamarquesa com um caixote de cartão de conteúdo deveras bizarro: um crocodilo de meio metro. Disse que o encontrou no seu trailer.
Espero nunca vir a ter a mesma sorte… (foto: nicky @flickr.com e spacedoutkat @flickr.com)
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