Robin dos Bosques da era moderna (27 de Junho de 2007)
Generosidade é uma qualidade que admiro e a que dou imenso valor. Não sou propriamente esbanjadora; mas também não gosto de contar os tostões quando dou prendas e nunca me habituei ao fenómeno tipicamente dinamarquês dos empréstimos e dívidas de tudo desde cigarros até trocos irrisórios.
Mas nunca me tinha passado pela cabeça que haveria limites, que se poderia falar em generosidade em demasia. Até uma notícia caricata me ter despertado a atenção recentemente: era sobre um empregado bancário alemão que, sendo sem dúvida extremamente generoso, e provavelmente inspirado pelo conto do Robin dos Bosques e uma boa dose de criatividade, foi sentenciado a 2 anos e dez meses de cadeia por durante anos ter transferido dinheiro das contas dos clientes mais ricos para as dos menos abastados. Um total de 2 milhões de euros.
Para além da boa consciência advinda destes actos de caridade, não tinha nada a ganhar pessoalmente com os desfalques. Justificou as suas acções com o achar que tinham mais necessidade do dinheiro do que os verdadeiros donos.
Foi descoberto entretanto por às tantas ter perdido o fio à meada nas transacções e se ter sentido obrigado a confessar o seu crime.
Hmmm… se ainda fosse por isso que nunca consigo poupar dinheiro, ainda era aquela…
(imagem de: Louis Rhead, 1912)
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