terça-feira, outubro 29, 2019


A cultura do desconto 
Confesso que a ideologia do low cost que domina as viagens de avião já me irrita: diversas classes de bilhetes com preços diferenciados para quem queira mais ou menos conforto, mais ou menos serviços, preços adicionais por bagagem e sei lá que mais. Não me chateava a diferença entre a classe executiva e a turística/económica, porque a diferença no que é importante  a bagagem permitida, o conforto a bordo e a refeição – era ligeira: ok, serviam os almoços em pratos de porcelana na executiva, e havia mais espaço entre os assentos e algumas companhias aéreas permitiam mais uma bagagem, mas pronto. Agora na classe dita económica (que propriamente barata não é) muitas companhias aéreas nem bagagem deixam trazer para além da de mão, paga-se à parte e pelas refeições idem. E há dias a TAP para além da classe económica introduziu a classe economyXtra, os ditos assentos verdes: acabaram com a mini-refeição quente, só servem um snack, os assentos não são reclináveis como os demais na classe económica e nem têm encosto de cabeça ajustável, nem suporte para tablet, tomada elétrica e de USB ou espaço extra para as pernas. 
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Só falta introduzirem os bancos de madeira como antigamente nas viagens de 2ª. ou 3.a classe nos comboios... 
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Não sei porque é que a senhora no anúncio está toda sorridente (provavelmente por não ter que ir viajar en economyXtra mas estar só a posar para a a foto); eu não vou gostar nada disto.