Grrrr :-(
Há já uns tempos que ando para escrever sobre isto, mas agora finalmente ganhei balanço: há uns meses atrás tive que me exaltar e escrever à ministra da administração interna e integração dinamarquesa, Birthe Rønn Hornbech. Respeito e concordo com o seu desejo de ver os estrangeiros cá residentes bem integrados e a contribuir activamente para a sociedade. Mas não me venham cá com discriminações e planos injustos, que eu me vou logo aos arames! :-( A questão foi uma proposta de lei, que sugeria criar um sistema de pontos, se alguém quiser para cá trazer o/a namorado/a ou esposo/a do estrangeiro, como foi o caso do meu maridinho. Se o/a potencial noivo/a tivesse mais de 24 anos, era preciso ter 60 pontos para poder imigrar, se fosse mais novo/a 120 pontos. Dei uma vista de olhos nas actividades e qualificações que dariam direito a pontos: um PhD daria logo os 120 pontos, um mestrado 80 pontos, um bachelerado de uma universidade estrangeira de elite 70 pontos, experiência qualificada de trabalho, x pontos etc. e tal.
Ora, quando comecei a namorar com o meu futuro marido era tão novinha que só tinha o liceu e experiência profissional mínima; dar-me-iam 40 pontos pelos conhecimentos de Inglês e Alemão, e mais 20 pontos por não ir morar para um gueto... ok e talvez 10 míseros pontinhos por fazer trabalho humanitário voluntário, mas é só; logo não tinha qualquer hipótese de chegar aos 120 pontos! :-S
Vim para cá, casei, estudei (até me fizeram fazer 2 anos de liceu dinamarquês, que liceu português na altura não dava acesso à universidade aqui), formei-me e tenho sempre contribuido, quer a trabalhar quer a pagar impostos.
A meu ver o importante para uma integração bem-sucedida é portanto a força de vontade e sentir-se bem recebido, mais nada. Por isso não me venham cá com pontos e exigências prévias, por favor! O amor não é ditado por estas coisas...
5 Comments:
Depois de ler isso já me passou a vontade de ir à Dinamarca.
Fizeste bem em escrever uma carta. Se bem que eu ache que antes de perderes tempo com uma pessoa, deves verificar a pontuação dela. :-)
Que sistema tão estranho =S Sinceramente nem percebi bem, então uma pessoa não pode emigrar só porque sim? é preciso ter pontos? lol
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LOL, jaime :-D Como dinamarquesa, a sra. deve ter tido direio a 1000 pontos logo de nascença ;-) E quanto à qualidade da outra pontuação também não é nada má, o que pude confirmar pela resposta que me mandou: um bla bla bla bla bla com os pontos e vírgulas no lugar :-)
Como cidadã da UE ou dos outos países escandinavos uma pessoa pode emigrar para a Dinamarca porque quer, menina; o mesmo já não se aplica a nacionais de outros sítios. E como quando eu vim para cá Portugal ainda não era membro efectivo da UE, se alguém se tivesse lembrado na altura de introduzir o sistema dos pontos, eu teria estado ainda mais lixada do que foi o caso :-P
Realmente dá que pensar, esse sistema adoptado pelo governo dinamarquês. Depreende-se uma grande vontade em dificultar a emigração para lá.
Esperemos que reconsiderem e sejam mais flexíveis.
Ora aí está o "busilis" da questão, sweet dreams! E também espero que sim... se bem que este governo não seja propriamente famoso pela sua flexibilidade no assunto ;-)
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