sexta-feira, outubro 14, 2016


A fonte da longevidade
Enfim, escreve-se tanta coisa sobre o que é saudável e contribui para uma vida longa. Pelo que percebi ser mulher em si dá uma vantagem para ultrapassar os 115 anos – e ou se nasce mulher ou não, nisso não há realmente nada a fazer. Outros pontos comuns em relação aos quais se pode ter mais influência é o facto de não terem filhos ou terem só um no máximo, muitos serem gulosos, preferindo o chocolate, não-fumadores na sua maioria, alguns bebiam pequenas quantidades diárias de álcool (por exemplo um copinho de vinho do Porto) e quase todos eram considerados pessoas activas e bem-dispostas.
Mas mais interessante que estatísticas é mesmo é ouvir os relatos de primeira mão. Encontrei três de supercentenários europeus, um deles uma portuguesa e outro um dinamarquês.


Maria de Jesus (1893-2009)
Maria de Jesus da aldeia de Urqueira, próximo de Ourém, viveu em três séculos e entrou para o Livro Guinness dos Recordes em Novembro de 2008 por ser na altura a pessoa mais idosa do planeta. Morreu a 2 de Janeiro de 2009 com 115 anos. Dizia-se que era de hábitos frugais, que nunca tinha bebido álcool nem café, toda a vida trabalhou na agricultura. Foi casada e teve 6 filhos, dos quais teve 11 netos, 16 bisnetos e três trinetos.


Christian Mortensen (1882-1998)
Christian Mortensen era, nos anos 90, o único homem entre as dez pessoas que viveram mais do que 115 anos. Era um homem baixinho com menos de 1,60 metros. Teve várias profissões, de operário de fábrica a entregar leite. E quando se reformou em 1950 construiu um barco. Casou e divorciou-se sem ter tido filhos. Quem o conhecia diz que fumou cachimbo e charutos desde os 20 anos de idade. Excepto este vício levava uma vida saudável: todos os dias comia papas de aveia ao pequeno-almoço.