Di-lo com rosas
Podem dizer muita coisa sobre os italianos, mas ninguém lhes tira que são talvez o povo mais romântico do mundo. É pá, lá até os criminosos são tremendamente românticos! E se não acreditam, ouçam esta: a polícia de Génova apreendeu recentemente um assaltante de 48 anos, que mandava sempre um ramo de rosas às vítimas depois do assalto consumado. A última vez que o fez antes de ser caçado pelas autoridades foi num posto dos Correios – levou o conteúdo da Caixa e deixou à funcionária um ramo de rosas.
Ao que tudo indica, quando foi apanhado já estava a planear o próximo ou próximos assaltos, uma vez que tinha na sua posse dois ramos de rosas…
Digam lá que não é romântico!… As funcionárias ficam traumatizadas para toda a vida, mas pelo menos saem dali com um ramo de flores como o perfeito pedido de desculpa.
10 Comments:
a história até tem graça... porque não se passou comigo.
mas é verdade que em itália até os quefrô vendem lindíssimas rosas vermelhas de pé alto (que largam nas fontes quando não conseguem vender) e não rosas engelhadas e raquíticas enroladas em celofane para parecerem mais frescas.
Vais ver que ele roubava as flores a uma florista.
Andas sempre tão bem informada, amiga papel - o que são os quefrô? Se fossem gentlemen românticos ofereciam as rosas que não conseguissem vender às transiuntes, em vez de as deitar às fontes ;-)
Roubar também as flores coaduna-se bem ao teor da história, por isso não me admirava nada que se viesse a descobrir que até as rosas eram roubadas... excelente hipótese portanto, jaime.
Sim, assim é mais romântico.
Mas os italianos que conheço deixam uma cabeça de cavalo na cama das vítimas...
;o)
O quê, sorrisos, conheces o Padrinho??!!! ;-P
Os "quefrô" são aqueles marroquinos irritantes que vão de mesa em mesa no restaurante (ou na rua, ou onde te apanham) e que, sem ninguém lhes perguntar nada, se metem à tua frente e dizem "Que frô??", ao mesmo tempo que te tentam impingir uma rosa toda raquítica que custa a módica quantia de 5 euros (quando não é mais). São chatos comó caraças! :) (E além das rosas vendem porta-chaves, luzinhas, óculos malucos e tudo o que te lembrares...)
Marta, eles estão só a tentar ganhar a vida. Mas concordo contigo em: (1) eles são irritantes; (2) as rosas são raquíticas; (3) as rosas são caras; (4) eles vendem "porcariazinhas" como luzinhas; (5) a temperatura dos oceanos devia ser controlada para os tubarões não passarem calor nem frio. :-)
Obrigada pelo esclarecimento, marta. Conheço o conceito, mas não sabia que tinha um nome. Pelo que me contam os quefrô em Itália, por muito irritantes que sejam (e são!), pelo menos vendem rosas lindíssimas acabadas de colher ;-)
Jaime: não te estava a reconhecer com uma atitude tão humanista (”ah, eles estão só a ganhar a vida e tal”); ainda bem que te redimiste com o resto do comentário ;-D
Agora tens de me explicar de onde veio a associação à temperatura dos oceanos... ???
não os acho assim tão irritantes, coitados. tenho pena que tenham de ganhar a vida assim. se tivessem visto o documentário "os lisboetas" percebiam como aqueles cinco euros podem pagar o tratamento do pai que ficou no paquistão e sofre de uma doença incurável ou fazer a diferença entre toda a família comer mangas ou não comer nada. mas tenho pena que vendam rosas raquíticas, sim.
vida, "quefrô" foi uma coisa inventada pelo herman josé num sketch e que pegou. "quefrô, quefrô, cem escudô, cem escudô"
Desculpa o meu cinismo, amiga papel. Sim, só cada um é que sabe o porquê de ter de ganhar a vida assim. Portanto obrigada pelas palavras de sensibilização.
E obrigada pelo esclarecimento sobre as origens e significado do termo quefrô - são dessas coisas que me passam ao lado.
Enviar um comentário
<< Home