Turista amigo dos animais
Com as férias praticamente à porta todos os jornais e revistas trazem suplementos sobre destinos de férias de sonho etc. e tal. Entretanto como em tudo há quem entre no campo do exagero e do politicamente correcto até em relação às férias: há dias vinha no jornal uma listinha de conselhos da WSPA (World Society for the Protection of Animals). Aconselhavam por exemplo a não participar em actividades em que se explorasse ou maltratasse os animais. Ok, não sonharia jamais em ir a uma tourada, que considero uma coisa tremendamente bárbara, mas eles desaconselhavam até a ir-se aos aquaparks em que há shows de delfins, porque os coitadinhos são “explorados” vergonhosamente...? Duh! E até admira não terem mencionado jardins zoológicos, quando agitavam para que se protestasse se houvesse animais selvagens expostos no nosso hotel, para que em circunstância nenhuma se pagasse para tirar uma foto com animais selvagens e para que se boicotasse qualquer hotel cujos projectores perturbassem a vida selvagem. Outras sugestões “interessantes” eram por exemplo filmar ou fotografar exemplos de maus-tratos aos animais – nada como ter provas – apoiar as divisões locais de defesa dos animais e caso uma pessoa testemunhasse qualquer tipo de barbaridade contra os animais participá-lo às autoridades, à repartição de turismo, à sociedade de protecção dos animais local, à agência de viagens e à WSPA.

Esqueceram-se porém de um pequeno detalhe: a luta contra o crime não “cheira” propriamente a férias, pois não?