Por falar em tempestades...
Ontem nevou. Fez uma autêntica tempestade de neve. Um facto que impossivelmente passaria por despercebido, já que estão temperaturas abaixo de zero e os telhados e as árvores ficaram salpicados de branco. E uma vez que já era esperado por terem-no anunciado no boletim metereológico para ontem. Mas mesmo assim esta brusca mudança de tempo, este primeiro dia de Inverno precoce, apanhou-me desprevenida. Já sabem como é a taxa de confiança dos boletins metereológicos: é como comprar a lotaria - as hipóteses de acertar no talão vencedor são 1:1000 000 000 000. E para mais, por só estarmos ainda no início de Novembro e o Inverno cá oficialmente só começar a 1 de Dezembro, pareceu-me uma piada de mau gosto (ainda me assegurei de que não estávamos a 1 de Abril). Para mim já esta data que cá demarca a passagem de estação tem sido motivo para discórdias e discussões intensas e diversas, uma vez que - apesar de empiricamente correcta por estes cantos - eu aprendi na escola, que o solstício de Inverno é a 21 de Dezembro. Nem mais. Mas pior fica se nem com isso se pode contar. Se começa a ser necessário andar de luvas, cachecol e casaco grosso tão cedo, durante mais um mês do que é costume.
Adoro neve! Mas detesto andar encasacada, mal me posso mexer, sinto-me como o homem da Michelin durante o Inverno.
Felizmente saí de casa agasalhada, mas não foi por boa vontade minha, somente por necessidade.
(Foto: Gayle P. Clement @pbase.com)