Tempestades em copos de água
Há dias veio uma colega amigavelmente ter comigo e disse que tinha de falar comigo. Como de costume, independentemente do tom em que foi dito, essa frase fez-me automaticamente pensar, que ali haveria sarilho, ou que ela possivelmente estaria zangada comigo. Claro que não estava e eram temas banalíssimos que tinha para me comunicar.
Normalmente reajo pior ainda se é alguém numa posição de autoridade, por exemplo um superior, que me vem com esse tipo de conversa. Mantenho a aparência de estar calma, mas por dentro entro em pânico, começo a imaginar os cenários mais catastróficos (por exemplo, que por qualquer razão a mim alheia vou ser repreendida e achincalhada , ou que na pior das hipóteses vou ser despedida depois de ser repreendida e achincalhada) e quase que vejo o famoso filme da minha vida desenrolar-se ali perante os meus olhos.
Estou perfeitamente consciente da razão para estas minhas reacções e de que é uma parvoíce. Mas com a idade que tenho, em que já devia ter juízo, pelos vistos ainda acredito em papões, vejo fantasmas onde os não há e faço tempestades em copos de água.
(foto: Lee Kindness @pbase.com)
4 Comments:
amiga, junta-te ao clube. sou a rainha das catastrofistas : ) eu chego ao cúmulo de imaginar as frases ao mais ínfimo pormenor e de quase ouvi-las sair da boca do meu interlcutor : ))
Et tu, papel químico? ; ) É horrível não é?! E se formássemos um clube de catastrofistas? Talvez pudéssemos trocar dicas. O pior é que o clube teria 2 rainhas indisputadas... ; P
: )) rainhas indisputadas é muito bom.
É, não é? ; D
Enviar um comentário
<< Home