domingo, outubro 22, 2006

Adooooooro lixo…
Há certos tipos de mentalidade que não percebo, nem nunca perceberei por muito que me esforce. E outros que nem sequer me esforço para entender, porque não acho que valha a pena. Um exemplo do último caso são as pessoas que aparentemente sem sombra de indecisão ou remorso deitam lixo para o chão. Para estas talvez foi recentemente inventada uma solução, a meu ver desesperada, mas desde que dê resultado...: caixotes do lixo falantes, que foram postos em vários sítios centrais de Copenhaga. Não sei se falam constantemente, se são activados pela proximidade de indiscriminados potenciais utentes, ou se são especialmente activados por umas células sensíveis especiais com a capacidade de farejar potenciais perpetradores desse acto vândalo e imperdoável que considero deitar lixo para a via pública. “Alô, vem cá com o teu lixo, ha ha... vê lá se acertas no caixote”. “Olááá, tens lixo para mim?” “Tu aí, dá cá o lixo, usa o caixote!” “Iu-u, tens alguma coisa para mim? Adooooooro lixo.
Continuo um pouco incrédula em relação a que alcancem o efeito desejado, mas tentarei não ser demasiadamente pessimista. Imagino em contrapartida facilmente o potencial para vários sustos, uma vez que normalmente vou a andar distraída, com a cabeça nas proverbiais nuvens e raramente na expectativa de que alguém se dirija a mim com conversa estranha. “Olááá, tens lixo para mim?
(Desenho por: Kamilla Christiansen)

4 Comments:

Blogger papel químico said...

essa é de mais! caixotes do lixo que falam! havia de ser bonito comigo, que dou saltos quando a caixa do multibanco me avisa para retirar o cartão ou a bomba de gasolina me relembra que posso abastescer, obrigado. quando souberes como se processa a coisa, diz. tb fiquei curiosa.

22 outubro, 2006 11:54  
Blogger tikka masala said...

Que lugar evoluído, Copenhaga! Não por ter caixotes de lixo que falam, mas por ter caixotes de lixo!

22 outubro, 2006 17:34  
Blogger Vida de Praia said...

Papel químico: tal como eu, estou a ver que ias passar um mau bocado com os caixotes do lixo falantes ; S
Se entretanto me atrever a aproximar-me deles e descobrir o mecanismo, dir-te-ei qualquer coisa.
Ok, concordo que Lisboa não tem propriamente uma grande abundância de caixotes do lixo, Tikka. Mas Copenhaga em contrapartida não tem bombas de gasolina falantes, nem multibancos falantes e onde se podem processar operações avançadíssimas. 1-1? : )

22 outubro, 2006 18:32  
Blogger papel químico said...

nem via verde. por outro lado, copenhaga tem vias verdes. prefiro essas, apesar de tudo.

22 outubro, 2006 23:04  

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