Primeiras impressões
Ultimamente tem-me fascinado o fenómeno das primeiras impressões; a maneira como numa questão de segundos se forma um juízo de outra pessoa que jamais tinhamos visto, baseado em ideias pré-concebidas, experiências anteriores e pequenos detalhes como trejeitos, a voz ou certa maneira idiosincrática de pronunciar certas palavras, que instintiva e automaticamente fazem lembrar alguém conhecido – uma amiga simpática e divertida, o perseguidor sistematicamente sádico dos tempos de escola, uma colega detestada ou uma personagem de um filme ou de um desenho animado. Simpatias e antipatias, confianças, desconfianças e indiferenças instantâneas e basicamente infundadas.
Nestes últimos quatro dias tenho estado num curso de formação com o Dr. P. Erdberg, PhD, um perfeito Donald Sutherland hilariante e bem-disposto no papel que desempenhava no M*A*S*H.
4 Comments:
muitas vezes, quando me conhecem melhor, as pessoas dizem-me "sabes, a princípio não simpatizei muito contigo". antes assim que ao contrário.
O papel químico mudou de identidade?! Não percebo: não imagino ninguém a não simpatizar contigo logo ao primeiro segundo de convívio!...
E as pessoas às vezes, pá!... Imagina chegar ao pé de alguém e vir com essa abordagem do "sabes, a princípio não simpatizei muito contigo e tal" : / Francamente! Claro que é positivo ter começado a simpatizar, mas era como dizer a alguém: "é pá, a princípio achei-te uma 'ganda' sorna, mas afinal..."
sim, acontece-me bastante. mas tb já aconteceu sentir uma empatia (mútua) logo no primeiro encontro.
Ah, assim, sim. Tinha ficado com receio que um extraterrestre tivesse tomado a identidade do papel químico ; )
Mas ainda assim fico boquiaberta pelo facto de alguém não simpatizar logo contigo, pois és certamente a pessoa que eu conheço com que mais fácil é simpatizar logo à primeira...
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