Imperial canina
Com o fim-de-semana à porta, não quis deixar de vos contar uma daquelas coisas insólitas da minha predilecção.
Pois já há bastante tempo que tinha notado a tendência que se tem de antropomorfizar os animais de estimação: de Inverno há por exemplo quem vista os cãezinhos com aqueles coletes horríveis (e qual será a posição dos outros cães em geral, quando vêm um ser da sua espécie assim vestido? Repulsa? Vontade de rir? Vontade de lhe dar porrada? Mas isto já é um aparte...). Na data em que supostamente nasceram, faz-se festa de anos e pelo Natal dão-se mimos extra (apesar do animal, que eu saiba, não ter capacidade de registar datas). Já se faz mobília exclusiva e cara para o “melhor amigo do homem”. E povoamo-los de n intenções e sentimentos humanos: raiva, vergonha, alegria, coragem etc.
E agora alguém se lembrou de que animal também tem direito a uma cervejola de fim-de-semana – esta foi inventada na Holanda, não contém álcool e é feita à base de extracto de carne de vaca e malte. Não se chama Heinecken nem Sagres mas Kwispelbier – e para quem não domina o holandês (por exemplo eu), “kwispel” significa “dar à cauda”.
À saúde!
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