Mundos virtuais
Graças aos constantes avanços tecnológicos precisamos cada vez menos de interagir com outras pessoas – já se fazem compras através da internet, em Las Vegas e no Japão já começaram a substituir os bartenders atrás do balcão por robôs e muita comunicação mantém-se através da internet.
E recentemente criou-se uma comunidade virtual (Virtuel-Nightlife.dk), em que é possível criar o seu próprio personagem e com ele procurar emprego, comprar apartamento virtual, ir às compras, ir à discoteca ou ao café, discutir política e até ter encontros amorosos, por enquanto no cyberspace como numa vida paralela à real.
Um estudo realizado pela USC-Annenberg School Centre for the Digital Future nos Estados Unidos sugere que 43% dos americanos que fazem parte de uma destas comunidades virtuais dão tanto valor à sua vida online como à sua vida real no mundo físico.
Confesso que é um desenvolvimento que me assusta um pouco, que mais não seja pela alienação social que imagino vir a ser o seu resultado: jogar e fingir é fácil e atractivo; viver já é mais difícil e complexo e o natural (que neste caso paradoxalmente parece pouco natural) é optar pelo fácil e refugiar-se da vida real com os seus desafios, dificuldades e crises.