segunda-feira, agosto 06, 2007

Distracções
Não deveria falar de trabalho, uma vez que estou de férias. Mas por outro lado sabe-me tão bem estar bem longe dele durante uns tempos, que até tenho vontade de pensar nele fora de horas. Porque não tenho de pensar nele. Percebem?
Ora o que me despertou a atenção foi um artigo que li recentemente sobre o que geralmente nos distrai e nos torna menos produtivos durante os dias de trabalho. De certeza que não vem como uma surpresa que, segundo um estudo levado a cabo por uma firma de consultores, há imensas distracções e se perde imenso tempo a fazer coisas irrelevantes e nem sempre inerentes ao trabalho. A lista é bem longa: chamadas privadas, emails desinteressantes, sms, ”chate” com os amigos no Messenger, brincar na net, tratar de assuntos pessoais, reuniões e mais reuniões para trocas de ideias que quase nunca dão em nada, mais dois dedos de conversa com o colega só de passagem, e muitas, muitas queixas sobre isto ou aquilo que não é plenamente satisfatório ou um chefe que é injusto ou incompetente, etc. e tal.
O problema nem é tanto estas pequenas pausas, mas principalmente o facto cientificamente provado de que se demora entre 20 e 25 minutos a voltar ao mesmo nível de concentração com que se estava antes da interrupção (isto presupondo que se estava concentrado a trabalhar, é claro…). E para além disso o número de tarefas não diminui, antes pelo contrário, e uma pessoa arrisca-se a ficar stressada com tudo aquilo que se vai amontoando no tempo que desperdiça a fazer outras coisas - isto pelo menos na teoria, pois na minha experiência quem mais tempo perde, menos preocupado parece…
(foto: Bardur Eklund)

5 Comments:

Blogger papel químico said...

sim, mas também há aquele estilo de pessoas que não fazem nenhum, mas têm sempre um ar agitadíssimo de quem está a debater-se com mil e um problemas ao mesmo tempo e todos muito importantes, sérios e graves. é tudo uma questão de ar. e pega. é pegajoso.




já mataste as melgas todas da jutlândia? : )

06 agosto, 2007 09:25  
Blogger Carina said...

Por isso é que eu detesto ser interrompida!
Aqui na minha empresa as pessoas quando querem parecer muito atarefadas andam muito depressa pelos corredores, normalmente com papeis na mão!LOL mas depois chegam ao gabinete e é só ronha e conversa. Enfim!
Eu só mesmo quando tenho tempo para me distrair é que me dou a esse luxo :)

06 agosto, 2007 10:32  
Blogger Vida de Praia said...

Como sempre, tens razão, papel químico. Esse tipo de pessoas ainda me irritam mais pela teatralidade!
Ha ha. Eu não mato melgas: elas não me picam nem me chateiam, por isso por mim deixava-as em paz. Mas o cara-metade não as pode nem suportar. Também não matou todas as melgas da Jutlândia, mas como vamos hoje embora, livra-se delas dessa forma ; )
Olá outra vez, carina. Percebo-te perfeitamente - e conheço bem esse comportamento que descreves; são o mesmo tipo de pessoas de que falava a papel químico: é tudo teatro para disfarçar a ronha.
A mim só me vão interromper uma vez por outra, nem tenho muitas razões de queixa. Mas quando quero ter a certeza absoluta de não ser incomodada fecho a porta com o letreirozinho de ”ocupado” e ponho o telefone para a atendedora de chamadas. Funciona às mil maravilhas ; )

06 agosto, 2007 16:30  
Blogger papel químico said...

que sorte! acho que as melgas atacam mais as pessoas de pele clara (vá-se lá saber porquê). nas minhas últimas férias fui literalmente devorada (com direito a reacção alérgica e tudo) enquanto o resto da família passou completamente incólume.

07 agosto, 2007 12:25  
Blogger Vida de Praia said...

Ai, papel químico: terias muito de que falar aqui com o cônjuge, que só não sofre mais com as melgas, porque é perito na sua exterminação... ; )
Aprendi uma nova palavra: incólume! : )

07 agosto, 2007 20:00  

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