Que chatiiiiiiice!…
Nestes anos falasse tanto de stress no trabalho, que uma pessoa até fica com a impressão de que é o único problema que afecta o mundo laboral e a generalidade da população. Se formos a ver cientificamente, até nem é verdade, porque o diagnóstico exige a presença de sintomas físicos e psicológicos tremendamente raros e extremos. Portanto pode-se dizer que temos quase todos muito que fazer, mas só uma pequena percentagem é que sofre de stress.
Ainda assim há lugar para correcções: li há dias que nem sequer é verdade que quase todos temos demasiado para fazer e desafios às montanhas. Muitas pessoas, mais precisamente 10 % da força laboral, supostamente sofrem de aborrecimento, de fastio crónico por falta de desafios. Acreditam nisto?! Dizem que é por causa de tédio que uma pessoa passa o tempo a desempenhar tarefas extra-laborais como conversas telefónicas com os amigos, e-mails privados e coisas do género. Segundo Philippe Rothlin e Peter Werder, os dois autores suiços do livro recentemente publicado, ”Diagnosis Boreout: how a lack challenge at work can make you ill” (”Diagnóstico Fastio: como a falta de desafios no emprego vos pode fazer doentes”), que inventaram o diagnóstico de “boreout” (trad.: ”tédio”), dá tanto prestígio uma pessoa poder queixar-se de stress, que é tabu dizer o contrário, que se está enfastiado e não se tem o suficiente que fazer no emprego.
Várias perguntas “simples” ajudam a fazer o diagnóstico e evitar ou solucionar o tédio crónico:
- Porque é que estás enfastiado?
- Esse tédio resulta de não teres o suficiente para fazer, seres qualificado demais para as tarefas que tens ou teres o emprego errado?
Digam o que disserem, ok, talvez não tenha stress, mas tenho mais do que suficiente entre mãos…
(foto: Kiki-Follettosa @flickr.com)
9 Comments:
É um stress estar tão boreout... :-)
isso confirma a minha teoria das pessoas ultra ocupadas e dinâmicas que nem sequer conseguem estar sossegadas na praia tal é o dinamismo e a adrenalina e o frenesi profisional - bullshit. provavelmente a maioria está é bored to death. é socialmente aceite ser-se assim, por isso há-que construir uma "persona" adequada. pois eu *adoro* que o meu telefone não toque com assuntos de trabalho fora das horas normais e *adoro* não fazer rigorosamente nada em férias e *adoro* trabalhar, embora também *adore* parar de trabalhar (mais até eu diria).
Venho só avisar que algures no final do dia 23 ou início do dia 24 será "postado" no meu blogue um, aí está, post, contendo certas e determinadas ameaças a certas e determinadas luso-dinamarquesas, pelo que as certas e determinadas ditas cujas poderão querer começar a anotar em post its e a memorizar no telemóvel o número de certas e determinadas polícias. :-)
PS. Nos termos da lei, o direito de resposta é garantido na caixa de comentários mais próxima.
Ora bem, nem mais, papel químico. Há por aí muito bullshit desse género; muito mesmo; muito, muito, muito mesmo ;-)
Imagino que o diagnóstico oficial aplicado a quem dele sofra seja bored out ou bored to death, como dizia a nossa amiga papel químico. Mas talvez esteja a ser tão picuinhas por ter tempo demais... ;-)
Ó jaime, voltaste a esquecer-te de tomar a medicação? Ou comeste cogumelos alucinogénicos?
Explica o comentário p.f.: vais mandar um tubarão atrás de mim? Ou, pior, o teu advogado?
Ou só estavas sem nada que fazer, bored out e porque não escrever uma ameaça, assim já tenho que fazer? Se for esse o caso, mais valia começares a coleccionar selos ;-)
Vou dar continuidade à teoria do "evil twin brother" pegando no teu comentário de que ela tem um "buraco" porque a minha mãe pode desmentir que eu tenha um gémeo. E pelo meio ameaçar-te por andares a encontrar "buracos" na minha defesa legal. :-)
Percebido. É inaceitável, claro, que te ande a encontrar ”buracos” na defesa - em certas equipas de futebol, esse tipo de comportamento daria direito ao despedimento do treinador ;-)
Curioso estar a ler isto agora. Ainda há dias ouvi uma nerologista falar, que, por exemplo, no Algarve, onde moro, o stress é provocado pelos extremos: muito trabalho no Verão e muito tédio no Inverno! Por isso, cá para mim stress e tédio são coisas muito parecidas e com impacto idêntico. Felizmente não sofro desses males :)
(finalmente consegui por a leitura em dia - não tenho comentado porque os virus do meu pc não deixam...)
Ainda bem que puseste a leitura em dia. E obrigada pelo ponto de vista interessante, carina. Sim, stress e tédio devem ser dois lados da mesma medalha (ou será moeda?) em certos casos.
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