terça-feira, fevereiro 13, 2007

Triiiiing
Como já referi anteriormente, o ser humano na era pósmoderna está numa constante corrida para atingir a vida perfeita e a identidade perfeita: as marcas certas, produtos biodinâmicos, o número de filhos ideal, o endereço de cinco estrelas, a aparência impecável sem rugas ou quilos a mais, etc., etc., etc.
Recentemente dei-me conta de que nem o toque do telemóvel é deixado ao acaso, mas define precisamente quem és. E que criamos uma certa imagem dos outros baseada no toque que escolheram para o telemóvel: o amante de cultura escolhe música clássica; o modernaço frescote um êxito do top 10 actual; o irónico que se sente superior às modernices um um toque dos telefones antigos; a rapariga que vive para a discoteca Sábado à noite o “Stayin’ Alive”; o adolescente irritante um tom qualquer alto e estridente que vai aumentando de volume a cada toque; a romântica “My heart will go on” do Titanic, ou a banda sonora dos “Quatro casamentos e um funeral”.Eu tenho a melodia dos Marretas no meu telemóvel – o que dirá isso de mim?…
(foto: thirdspacephoto@ flickr.com)

5 Comments:

Blogger papel químico said...

eu tenho o homem aranha a dizer "mãe, atende o telefone!".

13 fevereiro, 2007 12:39  
Blogger Vida de Praia said...

Que giro e original! Deve dar que falar quando toca em lugares públicos... : )

13 fevereiro, 2007 12:58  
Blogger papel químico said...

sim, as pessoas ficam baralhadas, sem perceber de onde vem aquela voz : )

13 fevereiro, 2007 13:48  
Blogger Vida de Praia said...

Estou mesmo a ver a cena: "mãe, atende o telefone". A pessoa na mesa ao lado olha desorientada de um lado para o outro e para debaixo da mesa e diz "whooooo said that?!..." num tom meio estridente ; )

13 fevereiro, 2007 16:06  
Blogger papel químico said...

: ) sim, a primeira vez que se ouve é um bocadinho inquietante.

13 fevereiro, 2007 23:15  

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