Festival da Eurovisão
Hoje à noite, como já se tornou tradição, vamos ver o Festival da Eurovisão da Canção com os meus cunhados. A música deixa muito a desejar, as votações não são nada objectivas e as fatiotas das mulheres dos países de leste são cada vez mais vergonhosamente invisíveis.
Mas apesar de tudo não consigo deixar de achar engraçada a atmosfera internacional que se cria durante num acontecimento deste género e que reune a Europa e os europeus bem mais do que a política europeia.
Gosto de ver os pequenos vídeos que precedem as canções e apresentam diferentes facetas do país anfitrião (desta vez a Finlândia, que saiu vencedora no ano passado com uma banda de monstros a “cantar” heavy metal” – diz tudo sobre a qualidade, mas enfim...); de seguir as pontuações e ano após ano constatar que os maiores pontos estão reservados para os países vizinhos – excepto no caso de Espanha, que marca sempre o ponto para com Portugal, mas fá-lo dando somente uma mísera “esmola” (”obrigadíssima”, país “hermano”...); de ouvir os júris (“Nicosia calling...”) e o par anfitrião a dar uns toques de inglês e francês: “la Suède huit points, Sweden eight points. Le Royame-Uni...”. Não há mais nada tão gratificante na programação do ano inteiro - ok, excepto os jogos do Cristiano Ronaldo... ; )
Espero que, contra o que já se tornou hábito nos últimos anos, não ganhe uma europeia de leste qualquer que se esqueceu de metade da minia-saia em casa...
(fotos: Glen Webb e Alain Duit @eurovision.tv)
(fotos: Glen Webb e Alain Duit @eurovision.tv)
8 Comments:
Thanks, biby cletus. Funny that you should find me half way across the world - that's the blogosphere for you : )
se cantar bem, menos mal. portugal este ano levou uma cantora pimba sem metade da saia e sem voz à segunda divisão do festival da canção. não sei quem ganhou, mas fiquei muito indecisa entre galã da arménia (not), a norueguesa a cantar espanhol e os estónios (ou letónios ou eslovacos, não me lembro) a cantar ópera em italiano, de cartola. o verdadeiro espectáculo de variedades. e de gente variada (como se diz no alentejo). havia também umas bandas de heavy metal (uma delas era da islândia).
Não vai cantar bem: o truque da meia saia é exactamente esse - distrair o público (masculino) do facto de que não canta nada! ; )
Cantoras pimba e gente variada e confusa com as línguas ainda é aquela. Mas então e a Dinamarca que para lá mandou um(a?) drag queen? Claro que também ficou pelo caminho na segunda divisão, creio.
Mal posso esperar por hoje à noite : )
É impressão minha, ou este foi o festival mais bizarro de sempre??! As mini-saias quase não deram sinal de si, mas o resto... : S Os meus preconceitos sobre os finlandeses ficaram confirmados... ; )
eu só vi a votação. parecia que estávamos a assistir, em 1979, a uma projecção do que seria um festival em 2007. até seres alienígenas havia : )
Pois, bizarro mesmo!... A que seres alienígenas é que te referias? Aos suecos ou aos ucranianos? Ou aos artistas de circo finlandeses e violoncelistas de heavy metal durante o intervalo? ; )
sei lá. aquilo era tudo muito estranho, a começar pelos apresentadores, sobretudo a boneca doida que andava a entrevistar os músicos (?!) nos bastidores. parecia que tinham sido todos vestidos por lojas chinesas. eu só vi a parte da votação, mesmo. não sei como foi o resto, mas suponho que tenha sido interessante do ponto de vista da biodiversidade.
Do ponto de vista da biodiversidade foi genial! ; )
Confesso que a boneca doida que andava a entrevistar os músicos nos bastidores foi a contribuição de que mais gostei, por ser satírica: perguntou por exemplo a uma grega de meia saia se achava que sendo bonita receberia mais pontos por isso, ao que a grega da cabeça cheia de areia (helénica) respondeu: ”para mim a beleza vem do interior” (?! E a meia saia foi para que efeito? Fazer transparecer ainda mais a beleza interior?!)
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