terça-feira, maio 15, 2007

Voo cego
Lembram-se de eu em tempos ter referido uma notícia “estapafúrdia” sobre um cego que tinha conduzido um automóvel através das ruas de uma cidadezinha com a instrução preciosa do seu amigo sem problemas no campo da visão? Um projecto arrojado, não diriam?
E se eu vos contasse que um invisual britânico, Miles Hilton-Barber, recentemente pilotou um avião numa viagem de 21.000 quilómetros, de Londres a Sydney, com a ajuda de um co-piloto que via? É verdade, segundo a Ritzau e segundo o que dizem foi a viagem dos seus sonhos.Mas o que dirá o co-piloto (o dos óculos escuros na foto) sobre a experiência? Aterradora talvez? Uma loucura momentânea de que se arrepende? Ou um verdadeiro desafio de vida ou morte, que não dispensaria e voltaria a repetir se tivesse oportunidade ou fosse necessário?
E será que este voo “virgem” no seu género abrirá precedentes para os deficientes invisuais no campo da aeronáutica no futuro?
Só sei uma coisa com toda a certeza: quem não se tinha metido naquele avião era eu!...

4 Comments:

Blogger papel químico said...

com os avanços da tecnologia, quem nos garante que os pilotos das linhas comerciais não dormem umas sestas e jogam um pouco de playstation entre copenhaga e lisboa?
; )

15 maio, 2007 10:23  
Blogger Vida de Praia said...

Ora obrigadíssima por salientares essa possibilidade a esta altura; nunca tinha pensado nisso, mas agora dificilmente o esquecerei!... : S
; D

15 maio, 2007 16:09  
Blogger Maria João Resende said...

Apesar de tudo, arrepia-me substancialmente mais imaginá-lo a conduzir no meio de estradas apinhadas de carro, do que no meio das nuvens, que sempre são fôfas, e onde os aviões guardam maiores distâncias entre si.
O avião de certeza que tinha comandos como os carros das aulas de condução ... ou o co-piloto assumiu o controle na subida e na aterragem, isto se não estivesse aterrado!

17 maio, 2007 18:04  
Blogger Vida de Praia said...

Um comentário perspicaz, optimist. E gostei da imagem do senhor invisual, que segundo li não se tornou menos aventureiro pela deficiência adquirida, a voar entre nuvens fofinhas de algodão : )

17 maio, 2007 23:49  

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