Em contacto
Ora aqui vai algo para aquelas gerações com tendência a ter opiniões mais retrógradas e pré-concebidas em relação aos hábitos das camadas mais jovens – meus senhores e minhas senhoras: espero que isto vos dê que pensar e que se calem de vez.
É que não é a primeira nem a segunda vez que ouço um sénior estar a comentar de forma crítica que os mais jovens só sabem dar à tecla do telemóvel, ou que passam a vida sentados ao computador e se isolam dos amigos e que “no meu tempo era bem mais saudável, porque andávamos todos na rua a ‘reinar’ e a jogar futebol, etc., etc.”.
Como ainda não era nascida sequer, não sei se os “bons velhos tempos” realmente eram tão bons como dizem. Mas posso em contrapartida desmentir o que dizem dos hábitos sociais da malta jovem: segundo um estudo recentemente publicado pela MTV Networks em que participaram 18.000 jovens de 16 países diferentes, o que pode ser concluido de certeza é que o comportamento social dos jovens de hoje não é significantemente diferente do da malta em 1988, quando eu era adolescente. Ok, não tinhamos Internet nem telemóveis, por isso o mais certo é que nessa altura tivéssemos bastante menos contacto até uns com os outros do que hoje. O facto porém é que 73% dos inquiridos no tal estudo, responderam que preferiam estar com os amigos à pergunta: “como preferes passar o teu tempo?”.
Com as novas tecnologias, mudam-se certos hábitos – por exemplo 42% dos inquiridos começavam e terminavam o dia vendo se tinham sms e 67% iam ver se algum dos amigos estava no Messenger assim que chegavam da escola – mas ainda há certas coisas que só se fazem cara a cara como acabar com o namorado ou conversas de amigas.
Resumindo e concluindo: se os hábitos sociais da juventude têm vindo a mudar, têm-no feito para o melhor.
14 Comments:
o mais parecido qua havia com o messenger, no nosso tempo, era a "linha" [ligava-se para um conjunto de números desactivados da pt e falava-se com várias pessoas ao mm tempo > e todos tínhamos nicks]. eu era viciada. claro que, na altura, os meus pais tinham um telefone vermelho enorme, com um fio de dez metros, que andava por toda a casa (o último grito da tecnologia : ) supostamente essas chamadas não "marcavam períodos", por isso nunca percebi a razão das contas astronómicas ao fim do mês.
He he :-D E enquanto tu estavas na “linha” (literalmente online!), eu estava no “planeta dos tpc”, alienada de tudo e todos e nunca sequer me dei apercebi da existência dessa maravilha da tecnologia dos anos 80 ... :-)
«essas chamadas não "marcavam períodos", por isso nunca percebi a razão das contas astronómicas ao fim do mês.»
Hmmm... Cá para mim foi invenção da PT para ganhar uns cobres à custa da malta - “ah, nós temos para aí uns números desactivados e tal”... (tling tling tling = caixa registadora)
Embora concorde com muita coisa aqui dita neste post, a verdade é que eu tive uma infância bastante melhor (década de 80 e início da de 90) do que a actual.
Não havia telemóveis; se queríamos falar com alguém, íamos ter ao sítio do costume e à hora do costume. Corríamos, brincávamos e tínhamos amigos de verdade (não daqueles com quem falamos no msn e nos blogs! :D)
Mas... também não me importo nada de viver na era da nova tecnologia - apesar de ter pena que as crianças não possam hoje em dia viver uma certa liberdade que nós tivemos.
pois, se calhar foi, não sei... uma manobra de maketing analógico dos tlp
Então venho eu para aqui criticar os sériores e vens-me tu dar voz ao escalão etário em questão, ó marta? E qual é o mal dos amigos de blog? Ai!... :-D
Talvez tenhas alguma razão; mas se os putos de hoje tivessem de viver numa altura de modéstia tecnológica, eram capazes de fugir a sete pés por preferir os dias de hoje em que têm tudo a andar a brincar à apanhada :-)
Papel químico: talvez sim, talvez não... o certo porém é que há qualquer coia nessa história que me cheira a esturro... ;-D
Eu defendo a geração anterior q.b.... até porque tenho de andar frequentemente a ouvir os meus pais e pessoas afins a dizer "ai esta juventude de hoje em dia não valem nada, só querem é discotecas, festas e dinheiro, mas trabalhar é que não". E fico tão fula...
Mais ainda, "gosto" daquelas conversas que a minha mãe às vezes tem comigo "tu não te queiras acautelar com essa coisa da internet... há dias vi nas notícias que". E esta é a parte em que eu desligo porque nem vale a pena explicar à minha mãe que só se deixa enganar na net quem quer. Mal ela sabe que eu tenho a minha vida num blog, falo com pessoas que nunca vi e conheci o meu namorado num fórum de tunas! :D
Ora é isso mesmo que me irrita, essa mentalidade automaticamente desconfiada e crítica dos “cotas” em relação a tudo o que seja inovador só por ser inovador! Ai, se ela soubesse... ;-D
A propósito deste tema, passa no meu blog! ;)
Ok.
«[...] Mal ela sabe que eu tenho a minha vida num blog, falo com pessoas que nunca vi e conheci o meu namorado num fórum de tunas! :D [...]»
Eu sou uma provocadora nata e, como tal, nenhum exemplo a seguir por ninguém, mas dava vontade de perguntar-lhe o que acha do genro; e quando a mãe diz que ele é um tesouro de homem e um sonho de genro, deixar cair um comentário de que se conheceram através da net, he he he :-D
[...] ainda há certas coisas que só se fazem cara a cara como acabar com o namorado [...]
Olha que eu já ouvi histórias... Por e-mail... Por SMS... Comigo nunca, claro, obviamente, naturalmente, certamente, outrosmente! :-)
Pois, Vida de Praia, mas isso só quando a mãe conhecer o genro!! (E não me parece que seja para breve... Enfim, outras histórias!!)
’tá bem, jaime... ainda bem que essas coisas feias só acontecem aos outros ;-)
Olha que pena, marta; daria - ou dará - uma cena gira :-D
Isso não é bem assim!!
Eu cá não ligo aos telemóveis, nem aos computadores, nem ás novas tecnologias, faço tudo como «intigamente» só com as raparigas é que eu abro uma exceção, acabar com elas, isso é sempre pela net.
eheheheheh.
LOOOL
Beijo
Ha ha ha, isso não se faz (estou a referir-me a não ligares às novas tecnologias, claro)!... :-D
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