Incompatibilidade genética
Às vezes espanta-me como este mundo ”gira e avança” e como tudo acompanha o desenvolvimento tecnológico. Até o amor. Pelo que li há dias o netdating e o speeddating já não são o último grito. E a dita “compatibilidade química” de que agora se fala já não se refere só à química no sentido figurado de temperamento ou personalidade. Não: graças ao desenvolvimento tecnológico, já é possível encontrar o parceiro com a melhor química possível, mas química literalmente dita. Através do portal ScientificMatch é por exemplo supostamente possível assegurar-te de que um futuro namorado não é nem demasiado ácido nem demasiado básico mas tem o PH perfeito para ti, tem o teu aroma corporal favorito (a Hugo Boss, por exemplo?...) e te proporcionará uma vida amorosa estável e tremendamente satisfatória em relação à qualidade da vossa vida sexual, fertilidade e com fidelidade assegurada. Porque supostamente está tudo nos genes.
O lado técnico parece simples: uma pessoa manda uma amostra de saliva para a análise do ADN. Os dados são inseridos no banco de dados e numa questão de segundos, o computador propõe que outros membros do mesmo condizem melhor contigo quimicamente. Dizem que está cientificamente comprovado que o método resulta. Será?...
Só que... custa 995 dólares, mas em contrapartida possibilita ser-se membro do banco de dados para o resto da vida.