Mais cusquice
E a cusquice não só nos assegura a sobrevivência física, como pelos vistos também a sobrevivência social, por exemplo no local de trabalho. Tenho a palavra de uma antropóloga que recentemente se manifestou muito claramente em relação a este assunto. Segundo a perita, se uma pessoa não fofoca activamente no local de trabalho, perde bastante influência, uma vez que é através da fofoca que se dá 90% da troca de informação importante e relevante para a tomada de decisões, aumentando a produtividade laboral.
Mas atenção estamos a falar de inocente dar à lingua, não de mal-falar – imagino eu de experiência própria, já que no artigo que li não se fazia explicitamente distinção entre um tipo e outro. Enquanto que falar de coisas tremendamente interessantes mas benignas fortalece o sentimento de grupo no emprego, mal-falar acaba sempre por criar mau ambiente e eventualmente uma pessoa começa a ficar um tanto ou quanto paranoica: ”hm… se falamos tão mal de fulano quando aqui não está, como falarão de mim, quando virar costas?” Portanto: há que fofocar com peso e medida e atenção acentuada.
11 Comments:
falar de coisas tremendamente benignas no emprego. yeah, right...
referes-te a tumores benignos?
Não estejas a ser mázinha!... Fala-se de IMENSA coisa benigna no emprego: quem é que foi expulso do X-factor e porquê, ou em que cantina que se almoça melhor - só para te dar dois exemplos ;-)
Claro que eu prefiro falar do incompetente e preguiçoso do meu colega, mas enfim... :-P
os benignos são os chamados desbloqueadores de conversa. estilo: "vamos começar por dizer qualquer coisa inócua, só para fingir que não falamos mal de ninguém e entretanto sondar as presenças e as ausências, antes de iniciar a quimiocausticoterapia". desculpa, mas tenho uma visão muito má do mundo do trabalho (não é à toa que virei eremita :)
Pronto, tens razão - mas... shhhhhhhhhh... olha que eu disse isto muito baixinho, para ninguém me ouvir ;-)
(às vezes penso que tu, com essa vivência de eremita, num ambiente totalmente livre de estúpidos e incompetentes, é que estás bem ;-/)
Ai a fofoca que aqui vai entre a Folha de Fotocópia e a Vivência à Beira Mar. Aposto que quando eu virar as costas vão começar a dizer mal de mim. Sim, porque é inconcebível que as pessoas não passem o seu tempo a falar de mim. :-)
Ó papel químico, cá entre nós: porque é que achas que o jaime anda a parafrasear os nossos nomes de blogue?... Estranho não é?... ;-D
...ooops, olá jaime, he he. Claro que sendo tu o centro do universo como o conhecemos, que todas as conversas possíveis (e impossíveis... talvez particularmente as impossíveis LOL) orbitam à tua volta ;-P
Eu ultimamente tenho dado bastante à má língua no local de trabalho. Diga-se de passagem que tenho uma colega (que maldita a hora em que eu lhe falei da vaga!!) que só vê dinheiro à frente, nem se importa de passar à frente das pessoas das pessoas que a meteram lá (neste caso eu). E... dizer mal dos outros faz bem à saúde! :D
Marta, mete dinheiro junto à saída que pode ser que ela opte por esse caminho. :-)
Como te compreendo, marta. E uma pessoa precisa de dar à língua para descongestionar o sistema dessas situações deploráveis, para evitar ficar à beira de uma crise de nervos ;-)
Excelente conselho, jaime :-)
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