quinta-feira, dezembro 28, 2006






Creativo ou eficaz
Alguma vez notaram que é raríssimo encontrar pessoas creativas e ao mesmo tempo eficazes e vice versa? Artistas não gostam de ser apressados, de deadlines e homens de negócios, cientistas, etc raramente demonstram talento para a pintura e bricolage. Einstein, que se saiba, não era escultor nos seus tempos livres, e Picasso não criou teoremas.
Recentemente um grupo de cientistas de Toronto, Canadá, parece ter descoberto a razão para esta discrepância: central é o tipo de humor em que se está: bom humor e uma boa gargalhada encorajam a creatividade, mas distraem demasiado em actividades que requerem raciocínio e reflexão sistemáticos. Em contrapartida, pessoas zangadas e/ou sérias têm maior facilidade em resolver problemas complicados que exigem concentração.

Ou seja: jamais serei galardoada com o prémio Nobel da física, mas não faz mal : )
(Claro que para ser consequente e pedagógica e para este post ser uma verdadeira obra de arte teria de ter encontrado uma foto do Picasso com um sorriso de orelha a orelha, mas depois de muita pesquisa não encontrei nem uma; o tipo pelos vistos não era lá muito sorridente, talvez seja a tal famosa excepção que foge à regra...)

8 Comments:

Blogger papel químico said...

e as pessoas bipolares? se explorarem bem as suas capacidades, podem fazer bem as duas coisas pelos vistos ; ) um bipolar pode criar obras de arte e gerir uma galeria ao mesmo tempo, sem que esta vá à falência. e os esquiziofrénicos com múltiplas personalidades, então?
o que está a dar é ser patológico!

28 dezembro, 2006 11:57  
Blogger Vida de Praia said...

Uns pontos de vista interessantes, papel químico. És capaz de ter razão que a patologia é que está a dar : ) Por acaso até há muitos casos de artistas bipolares. Mas o grande problema dos bipolares é que só estão num polo de cada vez: durante as manias são produtivos e creativos, mas muito gastadores, irresponsáveis, desorganizados e incoerentes. E nas depressões a creatividade fica em stand by.
Quanto às múltiplas personalidades, são tão raras na realidade que nunca vi uma sequer, logo não tenho ideia da tendência que isso daria. Mas dão umas personagens óptimas em filmes... ; )

28 dezembro, 2006 14:14  
Blogger papel químico said...

já diz o povo: de sapateiro e de louco todos temos um pouco. uns são mais sapateiros, outros mais loucos.
não vem muito a propósito, mas no outro dia vi um documentário sobre o síndroma de savant (ou lá como se designa). fiquei fascinada com as obras produzidas por aquelas pessoas. um tipo que sofreu um avc aos 50 anos e que nunca tinha pegado num pincel conseguiu recriar com uma exactidão fotográfica paisagens da sua aldeia natal perdida algures em itália de onde saiu adolescente. e outros casos igualmente impressionantes. parece que há um tipo na austrália que está a realizar uma investigação, segundo a qual as pessoas podem apresentar capacidades artísticas incomuns se "desligarem" algumas zonas do cérebro que nos permitem ter uma visão de conjunto em detrimento do pormenor. o cérebro humano é fascinante! ao mesmo tempo é assustadora esta proximidade a que estamos de o conseguir programar.

ooops... desculpa p tamanho do comentário!

28 dezembro, 2006 16:59  
Blogger tikka masala said...

Não sou boa a resolver problemas matemáticos e tenho mais propensão para as artes. Mas sou sisuda, mais do que risonha. E agora? Devo começar a rir mais ou a tentar dedicar-me à ciência com mais afinco?!

28 dezembro, 2006 17:21  
Blogger Vida de Praia said...

Obrigada pelos comentários, meninas.
Papel químico: pois... eu por acaso não tenho nada de sapateira e tudo de louca ; D
O cérebro humano é deveras fascinante. Duvido muito que estejamos tão perto assim de o conseguir programar, pois os conhecimentos seguros que temos sobre o seu funcionamento são ínfimos ainda.
Tikka: outra excepção à famosa regra, ou uma risonha que não quer dar a mão à palmatória? Esquece a ciência e dá largas ao sorriso, que te fica muito bem : )

28 dezembro, 2006 22:23  
Blogger papel químico said...

eu acho que é uma risonha que não quer dar a mão à palmatória. assim, pelo menos, tinha fortes razões para chorar ; ) já me ri com a tikka até me doerem os músculos da cara e da barriga e quase não conseguir fechar a boca. será que o riso é uma fonte de energia não renovável? não me parece.

28 dezembro, 2006 23:27  
Blogger papel químico said...

ora bolas e eu a pensar candidatar-me a cobaia da experiência do outro, para ver se uma ou duas luzinhas desligadas na cabeça me ajudavam com o pincel : )

28 dezembro, 2006 23:29  
Blogger Vida de Praia said...

Estás a ver, tikka? Toca a usar essa fonte de energia suprarenovável : D
Papel químico, depois conta como te correu a experiência... ; )

29 dezembro, 2006 09:00  

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