Timbre
Estas fotografias foram tiradas por uma amiga minha. Cada uma enquadra uma caixa de timbres e tipos muito antiga (corrige-me se estou errada), foi um presente que lhe foi dado. Os objectos em si inspiraram-me tanto, pela sua beleza e simplicidade, que escrever este post foi mais um pretexto para os expôr aqui (espero que não te importes…).
Também me pôs a pensar em quem durante os anos tem deixado a sua insígnia na minha vida: quem me criou, quem me dificultou a vida, quem se apegou a mim, quem me ensinou o que sei, quem me amou apesar de mim. Umas marcas ficaram ao de leve, outras deixaram traços mais profundos em estilo carimbo branco. Uma vez por outra tal foi o ímpeto que rasgaram o papel. Sem elas não seria quem sou, seria outra pessoa com a mesma face. Tento apagar algumas, reforçar outras, manipular os factos. Ponho-me a imaginar no que me teria tornado… e cada vez que o tento, deparo-me com um beco sem saída; a imaginação é escassa, limitada ao que conheço, recordo e sinto.
Tudo isto a propósito de uma caixa antiga de timbres e tipos, certamente passada de geração para geração, de pais para filhos, dos filhos para os amigos. Tantas marcas, tantos selos, tantos amigos…
(foto: papel químico @flickr.com)
2 Comments:
a tua marca ocupa um lugar muito especial na minha caixinha, vida.
: )
Glup!
Obrigada amiga. A tua também ocupa um dos mais especiais na minha : )
Enviar um comentário
<< Home