domingo, dezembro 02, 2007

Casamento sem preconceitos
É desta que alguns de vocês vão ficar a pensar que eu estou para aqui a inventar só para ter qualquer coisa sobre que escrever aqui na sacola. Mas juro-vos que é a verdade, verdadinha, pelo menos segundo a conceituada agência de notícias AP (Associated Press).
Já se ouviu falar de casamentos entre cônjuges muito diferentes em termos de educação, raça, economia, escalão social e etário, etc. Mas e se eu vos dissesse que também já houve um casamento entre conjuges de espécies diferentes? Pois é: recentemente um homem de 33 anos no sul da India contraiu matrimónio com um cão. Chama-se P. Selvakumar e fê-lo para tentar quebrar a maldição que pensava ter sobre si por há 15 anos atrás ter morto 2 cães que se estavam a acasalar. Logo em seguida a esse incidente ficou inexplicavelmente paralítico, surdo e mudo e foi para se livrar das suas deficiências que decidiu casar-se com a cadela rafeira de 10 anos, Selvi, a conselho de uma astróloga, que o convenceu a que essa era a única solução.
A cerimónia seguiu os rituais tradicionais Hindus: a cadela foi banhada e vestida nun sari cerimonial côr-de-laranja da praxe e adornada com uma coroa de flores ao pescoço. Depois foi levada até ao templo em Tamil Nadu, onde foi apresentada aos parentes do noivo. Este recitou solenemente os votos matrimoniais tipo “cuidarei de ti até que a morte nos separe”, após os quais foram declarados marido e mulher (ou coisa do género).
Segundo sei ninguém se desatou a rir à gargalhada ou insinuou loucura – o que teria sido a minha reacção, creio – uma vez que nas zonas campestres da India a superstição é tal que não é propriamente incomum arranjar casamentos com diversos animais para evitar ou quebrar ditas maldições.
Eu como o meu chapéu (que não uso, uma vez que desde miúda tenho aversão aos chapéus; mas isso já é outra história que não vem aqui chamada. É uma forma de expressão, ok?) se o noivo daqui a amanhã de repente começar a andar ou a falar pelos cotovelos.
(foto: AP)

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se ele morrer, a cadela vai herdar a fortuna? Ou foi um casamento de conveniência para a cadela conseguir um visto? Ou, ainda mais conveniência, para quebrar uma maldição? Com essa os faraós não contaram...

02 dezembro, 2007 11:15  
Blogger Marta said...

Ai que caraças!!! Fiquei incrédula!!

02 dezembro, 2007 15:24  
Anonymous Anónimo said...

Vinha agora pedir desculpa por ter-me esquecido de insinuar que a cadela casou por dinheiro. Afinal, sempre insinuei. Ufa!, já estava assustado a pensar que estava a perder "«'qualidades'»" (entre várias aspas).

02 dezembro, 2007 15:51  
Blogger Vida de Praia said...

LOL, jaime. Foi mesmo o protótipo de casamento de conveniência - para o noivo. Duvido que a ”noiva” tenha lá muito para herdar...
A perder ”qualidades”, quem tu? Jamais!... ;-)
Marta: foi exactamente essa a minha reacção quando li a notícia. Estive quase para verificar a data para me certificar de que não era 1 de Abril...

03 dezembro, 2007 06:57  
Blogger papel químico said...

será um erro de tradução? "dog" em inglês não é uma mulher feia como o raio?
; )

03 dezembro, 2007 11:12  
Blogger Vida de Praia said...

LOL :-)
Como podes ver pela foto do evento, o ”dog” neste caso é mesmo uma cadela literal.

03 dezembro, 2007 11:17  
Blogger papel químico said...

sei lá... podia ser do ângulo da foto. aquele podia não ser o seu melhor lado ou o mais fotogénico.

03 dezembro, 2007 13:55  
Blogger Vida de Praia said...

LOL. Achei piada a esse ponto de vista. Tens toda a razão... agora também fiquei em dúvida ;-D

03 dezembro, 2007 14:54  
Blogger Graça said...

Meu Deus!!!
Tu arranjas cada notícia!!!
Isto é mesmo bizarro!!

Beijos do Graça

03 dezembro, 2007 15:22  
Blogger Vida de Praia said...

Isto vinha em vários jornais! E fui pesquisar à internet para me certificar de que não era só uma piada - não era!

03 dezembro, 2007 15:35  
Blogger Maria João Resende said...

Reparem no olhar desamparado da desgraçada! É que não lhe bastava tocar-lhe um humano, que ainda tinha que ser paralítico, surdo e mudo! Bem, pelo menos não lhe rouba o lugar no sofá, se ela não quiser, e não lhe dá grandes sermões!!

04 dezembro, 2007 19:42  
Blogger Vida de Praia said...

Pontos de vista pungentes - e optimistas, como sempre ;-D

05 dezembro, 2007 06:59  

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