Reflexos
Som? Câmara? Acção! Há dias ao pequeno almoço demorado de Sábado o meu marido comeu um bolo com açucar caramelizado no prato que tinha à frente. Depois dele comido, o prato já não estava em condições para receber o pão, por isso foi trocado. E voltou a sê-lo, porque entretanto distraiu-se e pôs umas colheradas fartas de iogurte natural no prato destinado ao pão.
Situações como esta sucedem-se de quando em vez, quando perdemos o controle consciente e automaticamente perpetramos acções distraídas. É como ser-se sonâmbulo de olhos abertos, conscientemente inconscientes. Quantas vezes sem pensar abandono as chaves, os óculos de sol, um livro num sítio qualquer ao acaso para mais tarde não os encontrar e depois de uma busca exaustiva ir dar com eles nos sítios mais estranhos? Ou me dirijo ao caixote do lixo com a roupa para lavar?
Acções reflexas são essenciais por exemplo quando se respira ou se anda de bicicleta. Seria bem mais complicado pensar em cada inspiração e expiração, em cada pedalada, no que se está a fazer, na coordenação dos movimentos. Mas há vezes que são chatas, transtornando-me a vida.
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