Uma noite inesquecível
Ontem foi uma das noites mais espectaculares da minha vida. O tempo esteve uma lástima. Mas tive o privilégio de assistir à exibição da equipa da quinas, que defrontou a Dinamarca no estádio de Brøndby perante 13.186 espectadores. Já devidamente equipada de camisola 17 – uma das muitas no estádio – chegámos aproximadamente uma hora antes do apito que deu início à partida. Chovia a potes. Mas jogo é jogo e requer preparação e aquecimento. E daí a minutos sairam os nossos meninos para o campo para fazer o aquecimento. O primeiro a sair foi o Ricardo, que se fez à baliza, que mais tarde o traiu por quatro vezes. Correram um bocado, deram um chutos na bola, extenderam os músculos. Desci da bancada e cheguei bem perto do relvado e presenciei os dribles e fintas do Cristiano Ronaldo e dos outros a poucos metros dali, ao vivo, de T-shirt verde e calção preto. Ainda o jogo nem tinha começado e eu já estava em êxtase.
Depois foi a entrada em campo das equipas, a nossa de equipamento negro, e o entoar emocionado do hino nacional (Um detalhe giro foi que o texto do hino dinamarquês apareceu no ecrã gigante, caso alguém o não soubesse de cor...). De início: Ricardo, Paulo Ferreira, Ricardo Costa, Ricardo Carvalho, Caneira, Costinha, Tiago, João Moutinho, Cristiano Ronaldo, Nani e Nuno Gomes. Houve uma série de ausências de lesionados, entre eles o Deco, que fez falta.
A chuva felizmente parou para o jogo, mas a relva devia mesmo assim estar alagada, os jogadores de ambas as equipas escorregaram n vezes. Calculei que o jogo estaria a ser transmitido em Portugal, pois via-se publicidade à Sagres zero e a outras marcas lusas.
O jogo em si nem vale a pena comentar. 2-1 ao intervalo, uma vitória do adversário dinamarquês, não mais potente mas mais certeiro, por 4 bolas a 2 sobre a “selecção da honra” (assim apelidada pelo pessoal quando não ganharam mas quase o Euro 2004, não foi?). O Scolari a passarinhar de um lado para o outro e a bradar instruções que encontraram ouvidos moucos. O Tiago com o seu habitual ar de pasmado, de como quem diz “é pá, o que é eu faço com a bola que me veio parar aos pés?”. O novo talento, Nani, foi a todas. O defesa Ricardo Carvalho esteve bem, até marcou um golo (aliás cá também afirmam que o segundo golo também foi da sua autoria, enquanto que nos jornais portugueses se reivindica que foi do Nani. Estranho!...) O Nuno Gomes esteve permanentemente em fora de jogo (se nem eles profissionais se entendem com o fora de jogo, como é que o público há-de perceber esta regra infame?). O Petit não deu muita pancada, mas também só jogou na segunda parte. E o Ricardo andou em desacordo com a bola e a defesa, que andou em desacordo entre si. Mas a experiência mesmo assim foi fantástica!!! Pelo menos até ao minuto 66 em que o Cristiano, depois de falhar uma oportunidade de golo na marcação de um penalty, foi substituido pelo Boa Morte (excusado será dizer que apartir daí o jogo para mim perdeu o seu charme).
Surpreendentemente até se viam bastantes bandeiras portuguesas espalhadas pelo estádio. Mas a claque portuguesa esteve bastante modesta, e como tive de gritar por vários saí de lá quase sem voz.
Estive tão concentrada no jogo em si, que nem dei pelo homen nu que de repente e saído de não se sabe donde supostamente percorreu o campo de uma ponta à outra.
Depois do jogo fui com uma amiga como autênticas adolescentes esperar os jogadores à saída do estádio. Não sou muito alta e tinha gente à frente. Mas com uma ajudinha topei o Nuno Gomes. E o “big Phil”. E o Petit. E o Cristiano com cara de poucos amigos em direcção ao autocarro. Sentou-se à janela desconsolado; jogo amigável ou não, é sempre mais giro vencer.
Depois da partida fomos celebrar com malta amiga luso-dinamarquesa e afogar as mágoas com muita cerveja Sagres.
2 Comments:
Sinto-me como um extra-terrestre que deparasse com uma qualquer prática incompreensível levada a cabo por uns alienígenas loucos.....!! Não te consigo perceber!
Ok, confesso: sou uma criatura alienígena louca! Não quis dizer nada antes para não te assustar : D
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