terça-feira, novembro 28, 2006

Aos pais de filhos adolescentes
Não há nada mais irritante do que um(a) adolescente embirrante e extremamente egocêntrico. É o que me dizem muitos pais e é a reacção que vividamente me lembro de terem tido os meus pais nos meus anos de adolescência, em que o ambiente familiar se tornou, no mínimo, explosivo.
Um estudo recente da University College London não traz boas notícias, mas talvez apenas um ligeiro “curativo” para os pais que têm filhos adolescentes: neurologistas descobriram nomeadamente que não são só hormonas e má-criação, mas em grande parte o funcionamento cerebral que tem a culpa do egoísmo e falta de consideração dos adolescentes. Foi provado que nesta faixa etária se usa outra parte do cérebro do que nos adultos no tomar de decisões, que resulta em menos ponderação em relação às consequências das suas decisões e acções quer para as outras pessoas, quer para si próprias.
Eu costumo usar a analogia de que os adolescentes durante uns aninhos funcionam como quem tem uma lesão cerebral: não podem evitar os erros que fazem nem que quisessem. Por isso não desesperem, mas tenham paciência e dêm-lhes tempo e tudo voltará ao normal.

5 Comments:

Blogger papel químico said...

é que diz o dr. phill : )
eu ainda não cheguei a essa fase, mas já começo a anticipar algumas crises, pontuadas com doses massivas de mimos. a ver vamos.

28 novembro, 2006 11:32  
Blogger Vida de Praia said...

O dr. Phil é um homem muito sábio : )
Tenho uma teoria que os rapazes, mesmo assim, são mais fáceis de aturar nessas idades. Por isso talvez sejas poupada de crises de maior. Como dizias: a ver vamos.

28 novembro, 2006 12:44  
Blogger papel químico said...

desde que venham as doses massivas de mimos a seguir : )

28 novembro, 2006 15:35  
Blogger Vida de Praia said...

Não consigo imaginar o teu puto amoroso senão a receber e a dar-vos doses massivas de mimos, papel químico ; )
Olá karvoeiro, obrigada pela visita. Cada vez que estou no cantinho filosófico e me ponho a pensar no egocentrismo, em que não há realidades mas perspectivas da realidade, sinto-me bastante estranha, alienada de tudo e todos. Mas creio, apesar de tudo, que podemos ultrapassar o egocentrismo natural para fazer parte de uma comunidade; requer é tempo e maturidade física e psicológica. E vontade de perder um bocadinho da nossa individualidade na tentativa de chegar a uma perspectiva mais comum.

29 novembro, 2006 06:54  
Blogger celie Rocha said...

Tenho uma neta com quinze anos que adoro.Devido à situação da mãe fui eu que lhe tenho dado quase tudo.Gostava muito de lhe dar mais carinho, mas ela não gosta de beijos nem de mimos,e fica muito agressiva quando é contrariada.Não sei como lidar com esta situação.
Tenho dois filhos, e nunca foram assim.Será que é só uma fase?

01 julho, 2009 22:26  

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