quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Não façam isto lá em casa!...
Depois do Street Kiss, a França volta a inspirar com outro fenómeno urbano, nomeadamente o Parkour, ou Le Parkour (frequentemente abreviado PK), que significa percurso ou trajecto (e que até rima com “amour”, mas isso é outra história...). Esta disciplina física e mental, cuja essência parece ser o ser-se útil e eficiente com o movimento, consiste no participante — chamado de traceur, ou traceuse no feminino— passar por obstáculos da maneira mais rápida e directa possível, utilizando somente o que está ao alcance do corpo na forma de várias técnicas como pulo, rolamento e a escalada.
Diz-se que o Parkour é acessível a todos, mas duvido que seja aconselhável a pessoas com casos graves de vertigens (ou com o mínimo senso, mas isto já é a minha opinião preconceituosa...). Os obstáculos podem ser em qualquer ambiente, mas é mais praticado especialmente em áreas urbanas por causa das muitas apropriadas estruturas públicas como prédios e muros. Requer absoluta concentração, avaliação de distância, avaliação de capacidade e avaliação de risco.
Para além do desenvolvimento da força física, resistência e coordenação motora, o Parkour encoraja a que o praticante venha a conhecer os seus próprios limites e os ultrapasse, não se deixando impedir pelos obstáculos à sua frente mas vendo-os como desafios e continuando a desenvolver constantemente a sua força de vontade, determinação e coragem e assim favorecendo o bem estar e a qualidade de vida e educando jovens ávidos por novas experiências. É portando para os seus praticantes não somente um desporto mas um estilo de vida, o caminho para “se encontrar a si mesmo”, aprender a controlar seu próprio corpo e sua mente, tornando-se cada vez mais apto a enfrentar obstáculos físicos e mentais. O traceur é por isso potencialmente um óptimo praticante de outras actividades que requiram auto-controle, agilidade, força e observação.
É comum a praticantes da disciplina que avaliam exageradamente a sua capacidade que se submetam a riscos desnecessários, envolvendo-se em acidentes de diversas gravidades. Mas os seus praticantes costumam adoptar a seguinte frase para descrever parte da sua filosofia: “É ridículo procurar liberdade e acabar quebrado numa cadeira de rodas“. Mesmo assim o Parkour é uma disciplina de duros treinos, em que usando a mente concentrada e o bom-senso, e respeitando os seus limites, acidentes podem ser amenizados ou até evitados. O mais importante é treinar e evitar irresponsabilidades, por isso acidentes relacionados a Parkour são supostamente raros, mas podem ser incrivelmente graves devido a se subestimarem os riscos da prática e a excitação levar jovens a fazer algo de que não se tem certeza de que farão correctamente.
(fonte: Wikipedia)
Portanto, se de repente um dia virem uma criatura a saltar de um prédio para outro, não assumam automaticamente que é um esquilo, pois poderia muito bem ser um praticante destemido de Parkour.
Para mais informações vejam os sites: http://www.parkour.net/ ou http://www.urbanfreeflow.com/.

2 Comments:

Blogger papel químico said...

esse desporto decididamente não é para mim, mas gosto de ver, confesso.

28 fevereiro, 2007 12:17  
Blogger Vida de Praia said...

Já viste ao vivo? Eu não tenho vertigens, mas creio que as teria se visse alguém fazer destas acrobacias, sem rede, ao pé de mim...

28 fevereiro, 2007 16:24  

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