„Páááára!”
Chegámos a um ponto em que a preocupação com a saúde, se bem que importante, de vez em quando entra ao campo do exagero e da histeria. Já aqui falámos na discriminação a que as pessoas obesas estão sujeitas, e que por exemplo têm mais dificuldade em arranjar emprego por serem vistas através de uma luz negativa por causa da aparência. E até há quem anuncie que vem aí uma „epidemia“ de obesidade que precisa de ser travada a todo o custo. E numa tentativa de levar a cabo este plano profiláctico pelos vistos todos os métodos são poucos e cada vez mais criativos: propõe-se deixar o preço das passagens de avião depender do peso do cliente, por exemplo. Ou, como li há dias, introduzir carrinhos das compras „queixinhas” nos supermercados: cada vez que uma pessoa tem o „arrojo” de pôr no carrinho um pacote de batatas fritas ou coisa do género, é suposto o carrinho dar à lingua – pôr-se a chiar e avisar a alto som o conteúdo calórico ou percentagem de lípidos, glícidos e/ou sal do produto em questão. A ideia é apelar à consciência do consumidor – ou talvez em outras palavras fazê-lo corar e passar uma vergonha cada vez que vai às compras e lhe apetece qualquer coisa menos saudável. Claro que vergonha é um sentimento negativo e sentimentos negativos dão ainda mais vontade de comer coisas estúpidas como consolo e já estão a ver o ciclo vicioso que potencialmente se cria aqui, não é?
10 Comments:
Que horror!
(Faz-me lembrar o Harry Potter e os gritadores: cartas que desatavam a berrar com o destinatário, quando o destinatário se encontrava por exemplo no refeitório de um colégio interno, rodeado de alunos e professores)
Terrível, não é? Pior do que ficção científica! :-S
talvez se voltem às alcofas : )
:-)
Já me tinha esquecido da existência das alcofas - eu vou nessa (pesam mais, mas pelo menos não dão com a língua nos dentes)! ;-)
Ainda bem que esses carrinho ainda não existiram nos dois hipermecados onde fui anteontem! :x
Eu bem tento fazer uma lista de compras, mas o marketing das guloseimas ao pé das caixas é terrível! :D
Pensando melhor, por mim, venham de lá esses carrinhos!! Quero lá saber se berram ou não! :P
Ambivalente, marta?... ;-) Conta lá o que é que puseste no carrinho das compras :-P
Se o marketing das guloseimas ao pé das caixas não fosse tão massivo, não seriam precisos carrinhos „queixinhas”, aí é que está a incoerência!...
Ora... alguns exemplos...
Pão de alho, pizzas, salame de chocolate, moedas de chocolate, batatas fritas, rebuçados, pacote de gomas, gelados, bolachas de chocolate, biscoitos,... Acho que posso parar por aqui!! :D
Pensando bem, as guloseimas ao pé da caixa é óptimo. É a altura em que já largámos os carrinhos, hehehehe :D
Ai, ai, ai - ia ser uma chiadeira!...
Excelente argumento o das guloseimas ao pé da caixa ;-P
Psicóloga residente, escrevinhei um post no meu blog inspirado no teu post. Com um link para aqui para não dizeres que não te dão o devido crédito. :-)
Obrigada pelo crédito, jaime - já lá vou ler o que escrevinhaste ;-)
P.S.: Essa do psicóloga residente é nova :-)
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