No futuro
Sempre contemplei o trabalho dos cientistas que têm como a sua área de pesquisa o futuro com um certo fascínio. Onde é que vão buscar as suas predições? Analisam tendências, ou usam a sua imaginação? Às vezes estou tentada a pensar que se trata mais do último caso, uma vez que muitas das previsões de que tenho ouvido falar me parecem bastante fantásticas e longe do dia-a-dia da vida corrente.
Como é o caso de um artigo que li há dias. O cabeçalho diz tudo: ”O futuro é sexo com robôs”. David Levy, um perito britânico em inteligência artificial (um termo que não tenho facilidade em compreender, já que o que é artificial só é tão inteligente como quem o programa… ou não?…) afirmou recentemente ao jornal Houston Chronicle e no seu novo livro acabadinho de lançar “Love and Sex With Robots: The Evolution of Human-Robot Relationships”, que lá para 2050 entre 20 e 50 % de nós faremos sexo com robôs e alguns até contrairão matrimónio com robôs. Isto porque nessa altura os robôs não só se assemelharão a nós na aparência, mas terão também sentimentos semelhantes, se bem que artificiais. Ou seja: estes “humanoides“ vão poder simular sentimentos e reacções humanas tão fielmente, que nem conseguiremos notar a diferença e nos veremos inclinados a tratá-los como seres humanos.
Querem apostar? E notem por favor a palavra s-i-m-u-l-a-r... qual é a graça disso?
(foto: AP)
8 Comments:
nem é tanto o "simular" que me incomoda... afinal os humanos são peritos nisso. repugna-me a ideia de ter uma relação afectiva com um circuito integrado de chips. prefiro os curtos-circuitos orgânicos.
Vida de Praia, quando um robot cozinhar para ti, vais ver que não te queixas. :-)
Papel Químico, há quem tenha relação afectiva com o carro, o computador, a casa. Acho que isso acontece assim que se dá um nome a esses objectos. «Vou ali ligar o Chipsinhos para ir ver o e-mail.» Se os objectos parecerem ser humanos, mais facilmente se têm essas relações.
PS1. Há muito que há tubarões robot. O Spielberg tem três.
PS2. Nenhum robot consegue ser tão querido como a Mademoiselle Tautou.
PS3. Tenho de arranjar novos temas para não estar sempre a bater na mesma tecla.
pois, para mim as coisas são coisas mesmo. apego-me a elas, claro, mas não tenho propriamente relações afectivas nem as baptizo com nomes inhos. e, sim, já que falas nisso, concordo que deves arranjar novos temas, jaime ;)
Ó Papel Químico, tu tens mesmo ar de quem baptiza os objectos. Basta olhar para a tua cara. É claro para mim como lama! Confessa lá qual é o nome do teu carrinho, ãh? :-)
No quarto filme da série Alien, a Wynona Rider faz o papel de um robot. Se os robots fossem assim... ;-)
Fazer sexo com o Robocop!!!!???
Bizarro!!! Muito bizarro!!!!
Ter filhos ciborgs!!! É melhor eu parar de pensar nisto
LOOL
Beijo
Nã. Isto não tem piada nenhuma.
Mas se isto for prá frente, quero um robot para me limpar a casa!! :)
não sabia que a beatriz costa tinha o hábito de baptizar os objectos (és um boião de cultura, jaime : )
Bem, só agora é que tive oportunidade de passar pela Sacola e pelos vistos este post deu pano para mangas... :-) E é pá, a vossa discussão foi de um primor, que pouco ou nada tenho a acrescentar. Senão o já esperado concordo:
- Papel químico: também prefiro relacionamentos reais e os tais curtos-circuitos orgânicos; e também não baptizo as coisas por muito apego que lhes ganhe.
- Jaime: excelente ideia de deixares de bater na mesma tecla, he he he (por acaso tinha pensado fazer uma referência qualquer no texto a um robot da tua Mademoiselle, mas acabei por não o fazer devido à certeza de que o farias tu LOL).
Ah, e como adoro cozinhar, longe de mim pôr o robot a fazer isso; lá fazer as limpezas, tal como sugeria a marta, ainda vá ;-)
E já agora: como se chama o teu computador?
- Graça: é mesmo uma ideia terrível, transtornante até.
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