A doença das vacas loucas
Há já algum tempo que não se ouve falar da doença das vacas loucas, que há uns anos atrás se tornou histeria global. Toda a gente andava preocupada e a tentar lembrar-se se tinha comido um bife no Reino Unido nos anos 80, etc e tal.
Entretanto li há dias no jornal lá do hospital onde trabalho e que leva tudo para a brincadeira no típico humor negro hospitalar, que afinal não há perigo praticamente nenhum de se contrair a doença das vacas loucas. Segundo a revista Health Magazine, peritos americanos terão sugerido que é mais provável ganhar no Totoloto do que contrair esta doença. E que portanto nos preocupamos com as doenças erradas e mais valia pensarmos no que fazer para evitar a osteoporose e as doenças cardio-vasculares, que têm mais probabilidade de nos vir a afectar.
O que me pôs imediatamente a pensar:
1) Talvez ainda tenha hipótese de ganhar no Totoloto um dia, por isso talvez devesse começar a jogar.
2) Será que os tais peritos americanos estão “no bolso” de um rancheiro texano produtor latifundiário de carne de vaca?
3) Estes médicos e os seus conselhos: então alguma vez é saudável andar a preocupar-se com doenças?!
6 Comments:
Eu não sou perito, mas aposto que a vaca da fotografia sofre da doença das vacas loucas.
É extremamente saudável preocuparmo-nos com as doenças. É como eu digo: «não descanso até o último germe estar morto ou pelo menos moribundo!» E então o meu psiquiatra vem e diz: «tome lá mais um comprimido de Germex que isso passa!» Ao que eu responde: «só depois de passar esse comprimido por álcool, lixívia e ácido!»
Naturalmente que o álcool, lixívia e ácido foram todos eles previamente desinfectados com, respectivamente, álcool, lixívia e ácido.
Já agora, nunca comi um bife no Reino Unido nos anos 80, mas ia jurar que quando lá estive, uma vaca olhou para mim com mau olhar. E uma cabine telefónica também.
bem falta faz uma dose de loucura a quem não sorri nem num dia de sol maravilhoso como o de hoje!
estou a ouvir a edith piaf que canta j'm'en fous pas mal.
moi non plus :)
És muito perspicaz, jaime ;-)
...
Queres já o diagnóstico, ou é preferível que fique calada? ;-D Por acaso sempre achei espantoso e intrigante os obsessivos-compulsivos e outros com medo de germes e infecções ficarem satisfeitos com o uso de desinfectantes e nunca se perguntarem, se estes necessitariam de ser desinfectados, etc etc etc...
Papel químico: esta foi a minha primeira dose de loucura de hoje :-)
Hehe, o francês nunca foi o meu forte; p.f. traduz ;-)
Eu cá preocupo-me mais com o Totoloto do que com a doença das vacas loucas e nem assim jogo!! :D
Acho que há mais coisas para nos preocuparmos.. Mas enfim..:)
bjnho
Marta: isso cheira-me a inconsistência... ;-)
Concordo contigo, maria. Tenho tendência a não me preocupar grandemente com aquelas coisas que os meios de comunicação social acham que são dignas de preocupação: a doença das vacas loucas, a dita ameaça terrorista, o aquecimento global, o buraco no ozono (que li há dias até tem vindo a diminuir, ao contrário do que têm vindo a anunciar há anos e anos...) e coisas do género :-)
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