sexta-feira, março 28, 2025

O ovo ou a galinha

Muitas questões científicas começam pelo clássico do ovo ou da galinha – sem ovo não há galinha, sem galinha não há ovo, portanto o que foi criado primeiro, o ovo ou a galinha? Literalmente ou em sentido figurado. Por exemplo: li há diasnum cabeçalho a questão se dormir mal engordava. Entretanto no texto escreviam que o consumo de alimentos ricos em açúcares e gordura e com baixo dteor de fibras contribuia para a dificuldade a adormecer e diminuia a qualidade do sono. E a falta de sono contribui para uma sensação de fome. Então, é o ovo ou a galinha?
Outra: sinto-me sempre tremendamente cansada a dias de ter férias: é mesmo por estar cansada, ou por saber que vou ter férias? Aí nem importa: o que importa é ter férias 😁

quinta-feira, março 27, 2025

O microbioma

Ter bons genes é bom, mas o microbioma também tem de ser bem cuidado. Segundo um estudo bem vasto recentemente publicado, o segredo é ingerir uma grande quantidade de verduras e vegetais diversos; indenpendentemente da nossa dieta ser omnívora, vegetariana ou vegana, quem come plantas variadas tem uma tripa saudável cheia de bactérias boas associadas a boa tensão arterial, um nível bom de colesterol e menos inflamações.

quarta-feira, março 26, 2025

A genética da longevidade

Ter bons hábitos é muito bom. Mas sem bons genes não se vai lá. Um bom exemplo é a espanhola Maria Branyas Morera, que nasceu a 4 de Março de 1907 e não chegou precisamente aos 117 anos sem ter uns óptimos genes, pelo que indica um estudo recente o seu microbioma e genes. Até falecer em Agosto era a mulher mais idosa no mundo. E ao mesmo tempo tinha uma microbiota digna de um bebé e uma idade biológica de só 100 anos, uma vez que os genes que herdou envelheceram lentamente. Sobreviveu a duas pandemias e duas guerras mundiais, nunca partiu nada, não tinha problemas cardio-vasculares nem nunca precisou de ir ao hospital. Já tinha alguma dificuldade em ouvir e mover-se e ainda assim tentava caminhar regularmente. Levava uma dieta saudável mediterrânica, incluindo 3 iogurtes por dia, não fumava nem bebia álcool. Fez por estar rodeada de pessoas de quem gostava. E continuou lúcida até à última.

terça-feira, março 25, 2025

A saúde dos astronautas

Entretanto li num artigo que as viagens espaciais afectam o corpo humano de formas dramáticas, por isso talvez os dois astronautas que regressaram agora à Terra depois de 9 meses na Estação ISS não estejam tão bem como parecem.
O corpo humano funciona de forma perfeita nas condições que temos com a nossa atmosfera para nos proteger de radiações, uma certa composiçãoatmosférica  e com a gravidade ideal. Não está programado para fazer vôos espaciais, com as suas condições de exposição a radiações de alta energi, microgravidade, etc. Por esta razão, viajar para lá dos limites da Terra e estar exposto a um ambiente completamente diferente causa bastantes alterações cerebrais e fisiológicas que afectam a saúde física e mental de um astronauta, e quanto mais longa a exposição, pior, claro. Por exemplo a maior exposição a radiações pode alterar o ADN, aumentando o risco de desregular o sistema imunitário, de efeitos neurodegenerativos, de doenças cardiovasculares e do cancro. Com gravidade muito baixa ou sem ela de todo, os ossos e músculos sem pressão perdem massa e os fluidos deslocam-se para cima, aumentando a pressão intracraniana, o que potencialmente pode afectar a visão, e o equilíbrio e capacidade de coordenação também ficam à deriva, porque afecta o ouvido interno. E em relação ao bem-estar mental, lembrem-se de como foi durante o confinamento na pandemia e reduzam os metros quadrados e a quantidade de contactos sociais; tal isolamento naquele meio fechado não tolera claustrofobia nem atritos interpessoais, causa stress e pode perturbar o sono,  o humor e o desempenho.
Pelo que li, demora meses a recuperar uma estadia de meses no espaço e há quem não recupere por completo.

segunda-feira, março 24, 2025

Estadia não planeada

Imagino que quando se manda uma equipa de astronautas para o espaço, está tudo muito bem planeado em termos de alimentação, raçoes de água etc. a levar, dependendo no tamanho da estadia. E imagino que lá hajam rações de emergência para uns dias, uma semana talvez. Daí estar muito espantada por Butch Wilmore e Sunita Williams terem sobrevivido a nove meses de missão, em vez a planeada semana. Regressaram à Terra na semana passada e parecem estar bem.

domingo, março 23, 2025

Cientista

Já Carolina, a ratazana gigante africana não falha: graças ao seu olfacto apurado e facilidade em ser treinada a identificar certas bactérias através do seu cheiro, em 7 anos no espaço de 20 minutos detectou mais de 3.000 novos casos de tuberculose que os clínicos não tinham detectado ainda, porque as análises de laboratório demoram 4 dias cada a fazer, evitando mais de 30.000 contágios. Até se reformar em Novembro fez parte de um grupo de 40 ratazanas da APOPO, uma organização sem propósito de fazer lucro, que combate a epidemia de tuberculose na Tanzânia e Etiópia; em conjunto desta forma as ratazanas já salvaram mais de 400.000 vidas, evitando 400.000 novos contágios só ali.

sábado, março 22, 2025

Fraude

Outra engraçada é a dos jornalistas de consequentemente deitarem abaixo certos e determinados políticos e de exaltarem a ciência. Meus amigos: nem a ciência é infalível ou impermeável a fraudes. Se o fosse, não teríamos por exemplo o movimento de conspiração negacionista anti-vacinas, que continua de vento em popa, alimentado por um artigo científico fraudulento do britânico Andrew Wakefield publicado há 25 anos, que afirmava ter encontrado a ligação entre a vacina tríplice (contra o sarampo, papeira e rubéola) e o autismo, o que veio a ser desmentido e a fraude desmascarada. Os jornalistas passam a vida a pregar contra a desinformação de certa e determinada classe política, mas vejam lá se falam da desinformação científica, por exemplo no campo das vacinas, que tem resultado na queda da vacinação e subsequente remergência de doenças graves e potencialmente letais já irradicadas graças à vacinação, como o sarampo.